Pouco mais de uma centena de cidadãos munidos de paus e pedras tentaram agredir a comitiva do Administrador de Moma, quando se inteirava de actos que culminaram com a invasão, roubo e incêndio de uma mineradora, no povoado de Mavuco.
Elementos de segurança que acompanhavam o administrador Abacar Chande, foram obrigados a disparar para o ar, por forma a dispersar o grupo que teimava em aproximar rapidamente à comitiva.
Face a situação, a comitiva do administrador e a equipa de reportagem da Rádio Moçambique, que também escalou o povoado de Mavuco, esta quarta-feira, foram obrigados a abandonar de imediato o local para a sede do posto administrativo de Chalaua.
O Administrado de Moma, em entrevista à Rádio Moçambique, disse tratar-se do mesmo grupo que no domingo passado vandalizou e incendiou várias infra-estruturas sociais na sede do posto administrativo de Chalaua e instalações de três empresas de mineração de pedras preciosas, em Mavuco.
“ São empreendimentos, são quase três empresas que foram incendiadas as suas máquinas. Na verdade para nós, condenamos aquele acto, porque nós, como país, como província, como moçambicanos, o que nós queremos é ter economia no nosso país. A economia cria-se com empresas, pagando impostos, empregando trabalhadores e assim vamos combatendo a pobreza. Continuamos a apelar as instituições da Justiça para os protagonistas serem responsabilizados”, disse Alfredo Chirozica representante da empresa Mozambique Gems Limitada, incendiada em Mavuco.
Na segunda-feira, Alfredo Chirozica conta que foram surpreendidos por pessoas munidas de vários instrumentos, atacando a segurança, vandalizando e pilhando bens, entre os quais trezentos quilogramas de pedras preciosas.
Aliás, a equipa da Rádio Moçambique não terminou a entrevista com o representante da empresa, porque o grupo se aproximava rapidamente ao local e a polícia disparava para o ar para dispersar os manifestantes.
“A empresa está destruída. Temos esta destruição do acampamento, depois de destruir o acampamento, desceram para a nossa mina, onde temos a nossa planta de processamento que ficou completamente destruída. Todos os armazéns estão completamente destruídos, as máquinas também destruídas, estamos a falar de três escavadoras, três carregadoras, quatro camiões basculantes grandes”, disse.
A Rádio Moçambique soube que quando o contingente policial escalou na manhã de hoje o povoado de Mavuco, no posto administrativo de Chalaua, alguns elementos deste grupo foram encontrados com recipientes de gasolina, em preparação para mais incursões de vandalização das infra-estruturas e bens de uma das três empresas de mineração. (RM)
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