25 de Dezembro de 2024
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Cerca de setecentos moçambicanos estão entre os detidos em Stilfontein, na província sul-africana de North West, acusados de prática de mineração ilegal.
A informação foi partilhada, esta quinta-feira, pela polícia de Stilfontein num encontro mantido com uma equipa do Consulado-Geral de Moçambique em Joanesburgo.
Até ao momento, mais de mil mineiros ilegais fora forçados a sair das minas e estão sob custodia policial.
Para além de Moçambique, estes mineiros ilgeiais são provenientes do Zimbabwe e Lesotho.
Um grupo dos detidos vai ao Tribunal de Stilfontein no próximo dia 28 deste mês e o outro no dia seis de Dezembro próximo.
A polícia sul-africana diz estar preocupada porque está na posse de pouco mais de cem crianças, que aparentam ter catorze anos de idade, usadas em actividade de mineração ilegal. Deste número, há muitas crianças moçambiacanas.
As autoridades sul-africanas estão a fazer a triagem para apurar a idade real destes menores e não afasta a possibilidade de elas serem vítimas de tráfico humano para fins de trabalho forçado.
O caso que envolve estas crianças será tratado pelo Tribunal de Stilfontein, no próximo dia 25 de Novembro corrente.
No relato apresentado ás autoridades consulares de Joanesburgo, a policia sul-africana denunciou que há um moçambicano que faz o recrutamento de mineiros ilegais, a partir da província central de Manica.
Por vias ilegais e com promessas de emprego, as pessoas recrutadas são transportadas para Gauteng e depois para as oito províncias sul-africanas onde se regista o fenómeno de mineração ilegal.
Esta quinta-feira, a policia de Stilfontein autorizou que a comunidade fornecesse comida e água ás centenas de mineiros ilegais ainda no interior das minas abandonadas.
Há sensivelmente um mês as autoridades bloquearam todo o circuito de logística, o que forçou que os mais de mil mineiros ilegais saíssem das minas e fossem detidos.
Pelo menos até esta quinta-feira, o Tribunal decidiu repatriar 62 mineiros ilegais, incluindo moçambicanos, depois de os condenar pelo crime de violação da lei de imigração.(RM Johannesburg)
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