O primeiro-ministro cabo-verdiano disse hoje que a apreensão de 1,6 toneladas de cocaína nas águas do arquipélago, no sábado, resultou da "convergência" ao nível da cooperação internacional para a segurança marítima.
"Esta apreensão resultou da convergência de parcerias, porque a segurança marítima é fundamental", referiu aos jornalistas, na ilha do Sal, à margem de um encontro com o Presidente norte-americano, Joe Biden.
Ao falar sobre segurança, o líder do Governo de Cabo Verde destacou esta acção realizada pelas polícias judiciárias de Cabo Verde e Portugal.
"Temos de estar protegidos e ter uma acção cooperativa, activa, tendo em conta a nossa localização geográfica", propícia à passagem de tráfico de pessoas, drogas ou pesca ilegal.
"É do interesse de Cabo Verde, é do interesse da Europa, porque muitos desses tráficos têm como destino a Europa", disse.
Mas é também "do interesse do Brasil", assim como "dos Estados Unidos (...) e nós temos um posicionamento muito forte e estratégico relativamente a esta matéria".
A operação "Ventos Alísios" juntou as polícias judiciárias de Cabo Verde e Portugal, cujos agentes, num barco da marinha portuguesa, interceptaram no sábado uma embarcação pesqueira brasileira com 1,6 toneladas de cocaína a bordo.
Seis cidadãos brasileiros foram detidos e vão ser hoje ouvidos em tribunal, na Praia, Cabo Verde.
Apesar da falta de barcos e outros recursos, as autoridades cabo-verdianas têm combatido o narcotráfico com apoio internacional, através da presença regular de meios de países parceiros no mar do arquipélago, assim como através de missões aéreas.
Há um ano, o Governo de Cabo Verde expressou junto da União Europeia (UE) a vontade de beneficiar de formas de assistência para reforço da vigilância marítima, através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, no âmbito da relação de proximidade com Bruxelas. (RM-NM)
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