Treze soldados internacionais mortos em combate na RDCongo

Publicado: 26/01/2025, 7:45
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Treze soldados internacionais, incluindo três 'capacetes azuis', que apoiavam o exército congolês, morreram em combate com o grupo antigovernamental M23 na República Democrática do Congo (RDCongo), anunciaram, este sábado, as autoridades.

Os combates entre o exército congolês e o grupo armado antigovernamental M23, apoiado pelo Ruanda e que avançou nos últimos dias, intensificaram-se e ocorrem agora a cerca de vinte quilómetros da capital regional Goma, que tem um milhão de habitantes e pelo menos o mesmo número de deslocados.


"As Forças Armadas Sul-Africanas (SANDF) perderam nove membros na sexta-feira, após dois dias de combates ferozes", afirmou o exército sul-africano num comunicado, acrescentando que o número de feridos ainda está por confirmar.
Sete deles faziam parte da força regional destacada pela Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e dois eram da Monusco, a força das Nações Unidas também enviada para apoiar o exército congolês, precisou.

Três soldados do Malawi da força da SADC também foram mortos "no exercício da sua missão durante um encontro com o grupo rebelde M23 que opera no leste da RDC", indicou à AFP um porta-voz do exército do Malawi, Emmanuel Mlelemba, sem mais detalhes.


Em Montevidéu, o exército uruguaio também anunciou, este sábado, a morte de um de seus soldados destacados na MONUSCO durante combates com o M23, no leste do país.

Não está claro se os soldados sul-africanos, malawianos e uruguaios foram mortos no mesmo incidente. Os responsáveis da SADC escusaram-se a comentar as mortes.
"As forças hostis do M23 lançaram um ataque em grande escala contra as nossas tropas com a intenção de tomar Goma, mas não conseguiram avançar devido à heróica resistência apresentada pelos nossos valentes combatentes […]. As nossas forças não só foram capazes de impedir o avanço do M23, mas também empurrá-lo para trás", assegurou o exército sul-africano.


A força regional da SADC, a SAMIDRC, destacada na região no final de 2023, inclui nomeadamente 2.900 soldados sul-africanos, bem como soldados do Malawi e da Tanzânia. A Monusco, por sua vez, possui 15.000 'capacetes azuis'.

O conflito, que já dura mais de três anos, também continua a agravar a crise humanitária na região.
Este sábado, a União Africana e a União Europeia apelaram à cessação das hostilidades.

Os combates intensificaram-se nas últimas semanas após a suspensão da cimeira de paz prevista para 15 de Dezembro em Angola, que deveria contar com a presença dos presidentes congolês e ruandês, Félix Tshisekedi e Paul Kagamé, respetivamente.

Embora as autoridades ruandesas neguem a alegada colaboração de Kigali com o M23, este facto foi confirmado pelas Nações Unidas, tendo o próprio Kagamé manifestado publicamente o apoio aos rebeldes.

Por sua vez, o Ruanda e o M23 acusam o exército congolês de colaborar com os rebeldes das FDLR, fundado em 2000 por líderes do genocídio de 1994 e por outros ruandeses exilados na RDCongo para recuperar o poder político no país, colaboração também confirmada pela ONU.


Entretanto, a República Democrática do Congo anunciou, este sábado, ter retirado os seus diplomatas da capital ruandesa, "com efeito imediato". (RM /NMinuto)

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