O Presidente Cyril Ramaphosa disse que os catorze militares sul-africanos, mortos na República Democrática do Congo (RDC), se sacrificaram em defesa do direito fundamental do povo congolês de viver em paz e segurança.
Ramaphosa sublinhou que os soldados sul-africanos não foram integrados na missão da SADC, na República Democrática do Congo, em busca de recursos, território ou poder.
Disse ainda que o governo sul-africano está a fazer de tudo para garantir que os restos mortais dos 14 soldados sejam repatriados para a terra do rand.
Para homenageá-los, Ramaphosa ordenou que, a patir de hoje e durante uma semana, as bandeiras sul-africanas seja içadas a meia-haste.
Falando esta quinta-feira á noite, na cidade do Cabo, na apresentação do Estado da Nação, o primeiro do Governo de Unidade Nacional, Ramaphosa disse acreditar numa solução pacifica para o conflito no leste do Congo Democratico:
“Desde o advento da democracia, temos sido fundamentais na restauração da estabilidade em países como a Costa do Marfim, Burundi, Sudão do Sul e Lesoto. Mais recentemente, temos feito parte da missão de manutenção da paz da SADC em Moçambique, que trouxe relativa calma e estabilidade à província de Cabo Delgado. A presença de soldados da paz sul-africanos no leste da Congo Democratico é uma prova do nosso compromisso contínuo com a resolução pacífica de um dos conflitos mais intratáveis do mundo, que custou milhões de vidas e deslocou milhões de pessoas. Participaremos da cimeira Conjunta entre a SADC e a Comunidade da África Oriental, programada para a Tanzânia este fim de semana, onde reiteraremos o nosso apelo por um cessar-fogo e uma retomada das negociações, para encontrar uma solução justa e duradoura”, disse.
Na apresentação do Estado da Nação, Ramaphosa detalhou sobre o Plano de Desenvolvimento de Médio Prazo, que define o que chamou de programa claro e ambicioso do Governo de Unidade Nacional, para os próximos cinco anos.
Segundo o presidente, o desdobramento deste plano vai será feito por meio de três prioridades estratégicas: impulsionar o crescimento inclusivo e a criação de empregos; reduzir a pobreza e combater o alto custo de vida e construir um estado capaz e ético.
Ramaphosa disse aos parlamentares que o governo vai gastar, nos próximos três anos, mais de 940 bilhões de rands em infraestrutura.
Acrescentou que este financiamento vai servir para revitalizar estradas e pontes, construir represas e hidrovias, modernizar portos e aeroportos e impulsionar a economia da África do Sul.(RM Johannesburg)
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