A Ministra sul-africana de Defesa anunciou que os restos mortais dos catorze soldados, mortos no leste do Congo Democrático, serão repatriados até a próxima quinta-feira.
Falando, ontem, no Parlamento sul-africano, no debate urgente em torno da morte destes soldados, Angie Motshekga confirmou que os restos mortais estão no Uganda e que problemas logísticos é que estão a atrasar o processo de repatriamento.
No caloroso debate, que teve lugar na cidade do Cabo, alguns partidos que fazem parte do Governo de Unidade Nacional e outros na oposição voltaram a exigir a saída da África do Sul da missão de paz no Congo Democrático e a demissão da Ministra Angie Motshekga.
Chris Hattingh é parlamentar pela Aliança Democrática:
“Temos que nos retirar da República Democrática do Congo imediatamente e a Ministra Angie Motshekga deve renunciar, voluntariamente ou não. O tempo para desculpas acabou”, afirmou.
Entretanto, opinião contraria é defendida pelo ANC, que lidera o Governo de Unidade Nacional. Gigaba é do Congresso Nacional Africano:
“A África do Sul tem uma longa e orgulhosa história de contribuir para os esforços de manutenção da paz, demonstrando nosso compromisso com a estabilidade e a segurança em todo continente, por meio da diplomacia, mediação e implantação das nossas forças de paz. Desempenhamos um papel vital no apoio à resolução de conflitos e na reconstrução pós-conflitos “, disse.
A própria Ministra sul-africana de Defesa explicou que a presença de militares na missão de paz no Congo Democrático é em cumprimento da politica externa do país:
“Um dos pilares da política externa da África do Sul é o de contribuir para a criação de um ambiente de estabilidade no continente e no mundo. A nossa política externa foi adoptada pelo governo democrático, desde 1994. Baseado nesta política externa, África do Sul já participou de varias missões de paz, pelo menos em 23 missões “, asseverou.
Já o chefe da diplomacia sul-africana, Ronald Lamola, rejeitou a exigência de retirada dos soldados militares estacionados em Goma:
“Temos uma responsabilidade e não seremos chantageados por aqueles que acusam o nosso presidente ou mesmo o ANC alegado interesses económicos. Como disse, todas as nossas missões de paz estão alinhadas com a carta das nações unidas, pelos protocolos da SADC, pelo nosso interesse de vez a paz no continente e nada mais “, disse.
Ecos dos calorosos debates em torno da morte dos 14 soldados sul-africanos integrados na missão de Paz estacionada no leste do Congo Democrático. ( RM Johannesburg)
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