A tempestade tropical Guambe poderá crescer e transformar-se num ciclone, afectando a costa sul de Moçambique até domingo, anunciou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM).
"Os impactos em termos de ventos e chuvas fortes deverão acontecer sobretudo na zona sul até domingo" e "os habitantes devem seguir indicações fornecidas pelas autoridades", alerta o serviço.
O INAM prevê a continuação de chuva acima de 100 milímetros, em 24 horas, ventos fortes de 80 quilómetros por hora e rajadas até 100 quilómetros por hora, na província de Inhambane.
Prevê-se igualmente, a partir desta sexta-feira, chuva acima de 50 milímetros em 24 horas, acompanhada de trovoadas nas províncias de Gaza e Maputo.
A informação foi prestada, hoje, pelo meteorologista, Acácio Tembe, em entrevista à Rádio Moçambique.
“Para hoje, nós esperamos que continue a chover na província de Inhambane e a partir de amanhã vamos ter a província de Gaza e à noite já a província e cidade de Maputo”, disse
Segundo Acácio Tembe, a ocorrência de chuva deve-se ao movimento do sistema que está a afectar a zona centro, prevendo-se que evolua para a zona sul.
“O sistema está a fazer movimento para o sul. Quanto mais vai para o sul, vai deixando outras zonas. Numas zonas pára de chover e noutras começa a chover. Em Sofala e uma parte da Zambézia, ontem, tiveram problema de ventos fortes. O sistema está a descer para a zona sul e vai afectar progressivamente o sul “, frisou.
Face à ocorrência de trovoadas, chuva intensa e ventos fortes, o Instituto Nacional de Meteorologia recomenda a tomada de medidas de precaução e segurança.
O aviso coincide com outro já emitido na quarta-feira pelo INAM, para chuvas muito acima da média (mais de 100 milímetros (em 24 horas) na província de Inhambane.
A aproximação da tempestade Guambe acontece depois de o país já ter sido fustigado em poucas semanas por outras depressões atmosféricas que têm causado inúmeras inundações.
Moçambique está em plena época chuvosa e ciclónica, que ocorre entre os meses de Outubro e Abril, com tempestades oriundas do Índico e cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.
Este ano milhares de pessoas já foram afectadas.
As mais graves foram a tempestade Chalane, no final de 2020, e o ciclone Eloise, em Janeiro, com um balanço oficial total de 19 mortos. (RM-INAM)
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