Retomou, esta terça-feira, no Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, o julgamento do caso Embraer, que envolve três suspeitos.
Trata-se do antigo ministro dos transportes e comunicações, Paulo Zucula, o ex-presidente do conselho de administração das Linhas Aéreas de Moçambique, José Viegas e o ex-gestor da petroquímica Sasol, Mateus Zimba.
A instância reserva-se, a partir deste dia, para ouvir testemunhas e declarantes no estrangeiro, com destaque para o Brasil, França e África do Sul.
O tribunal arrolou, o brasileiro Alberto Clouse, antigo coordenador da área de treinamento e desenvolvimento de pessoas na fabricante de aviões Embraer para aferir se as Linhas Aéreas de Moçambique efectuaram pagamentos à fabricante.
No seu testemunho, disse que não tinha ideia do processo nem do custo dos aviões, tendo admitido porém que os valores constavam da tabela de preços.
A testemunha disse ainda que não teve conhecimento de que a Embraer teria contratado um promotor de vendas que intermediasse a compra entre a LAM e a fabricante.
Albert Clouse contou que as negociações eram feitas fisicamente, com a vinda de um indivíduo a Moçambique, e outras por email e telefone.
Albert Clouse, desconhece o cálculo feito para determinar as margens da comissão de venda.
Os três arguidos são acusados de corrupção e de terem lesado o Estado em pouco mais de 800 mil dólares, pagos em subornos para a aquisição à Embraer de duas aeronaves para a LAM.
Para o tribunal, o cerne da questão gira em torno de como foram efectuados os pagamentos para a aquisição dos aviões.
O julgamento prossegue até finais de Março, com audições de testemunhas e declarantes. (RM)
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