O Conselho de Segurança da ONU aprovou hoje uma resolução que prolonga até Dezembro a força da União Africana na Somália (Amisom) e pede às autoridades deste país para que realizem eleições "sem mais demoras".
A presidência norte-americana no Conselho de Segurança da ONU refere que o texto de 13 páginas, escrito pelo Reino Unido, foi aprovado por unanimidade pelos 15 membros.
A aprovação do texto tem sido particularmente difícil desde Fevereiro entre os ocidentais e os membros africanos do Conselho - Quénia, Níger, Tunísia - que chegaram a forçar Londres a adiar a votação por 15 dias, sendo a questão do financiamento da Amisom um dos principais inconvenientes.
Após o anúncio do resultado, o Níger, em nome dos membros africanos do Conselho, criticou veementemente e longamente a forma como as negociações sobre a resolução foram conduzidas pelo Reino Unido e o fracasso em levar em consideração algumas das observações.
Estas foram "rejeitadas sem qualquer explicação convincente, se é que houve explicação", disse o embaixador do Níger, Abdou Abarry.
Segundo o embaixador, o texto final não reflecte as posições da União Africana.
Abdou Abarry considerou também que os processos de negociações exigem "repensar o sistema dos países" que elaboram resoluções da ONU, nomeadamente as antigas coloniais que também são membros permanentes do Conselho de Segurança.
A resolução autoriza "os estados membros da União Africana a manter o destacamento de 19.626 soldados até 31 de Dezembro de 2021" na Somália, com a instrução de "iniciar em 2021 uma transferência gradual" das suas missões de segurança "para as forças de segurança" daquele país.
O mandato de Amisom na Somália acabou no domingo. (RM /NMinuto)
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