Um porta-contentores encalhado interrompeu a circulação pelo Canal do Suez há três dias, 'arrastou' o preço do petróleo e lançou a incerteza, já que os trabalho para libertar o navio, ainda que ininterruptos, podem demorar várias semanas.
O Canal do Suez, no Egipto, uma via de circulação fundamental para levar o petróleo para o Médio Oriente, está interrompida desde a noite de terça-feira. A razão: um porta-contentores com cerca de 400 metros de comprimento, quase 60 metros de largura e 219.000 toneladas está a interromper a travessia, depois de ser desviado da rota habitual por ventos fortes.
As autoridades egípcias reabriram, entretanto, uma passagem antiga do canal para desviar algumas embarcações, dá conta a BBC, mas reabrir o via principal poderá levar semanas, apesar de as equipas que estão no local estarem a trabalhar incansavelmente para desencalhar o MV Ever Given.
Rebocadores e retroescavadoras estão a trabalhar em contra-relógio para desbloquear a via marítima que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho e que é o 'caminho' marítimo mais curto entre a Europa e a Ásia e por onde passa cerca de 12% do comercia global.
Contudo, nem com ao 'auxílio' da maré alta parece ser possível mover este colosso do transporte de mercadorias.
O MV Ever Given, registado no Panamá, saiu da China e deveria atracar em Roterdão, nos Países Baixos.
A Autoridade Egípcia do Canal do Suez anunciou que pelo menos 150 navios já sofreram com esta interrupção.
Durante a manhã de hoje havia "13 navios da rota norte [provenientes do Mediterrâneo] parados em áreas de esperar", explicitou o porta-voz desta autoridade, George Safawat.
O petróleo também foi afectado pelo bloqueio do Suez, uma vez que os receios em relação ao abastecimento do crude levaram a um incremento nos preços na quarta-feira. (RM /NMinuto)
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