O presidente do Malawi, Lazarus Chakwera, diz que o seu governo não será complacente com todos os envolvidos em crimes de corrupção e abuso de poder.
Lazarus Chakwera esclareceu que a responsabilização judicial dos implicados, não pode ser vista como caça às bruxas e ou acto intencional para atingir o antigo estadista, Peter Mutharika.
“Queremos ser um povo que respeita a lei. Não queremos vitimar ninguém, o que queremos é fazer o acompanhamento de tudo o que aconteceu para que os malawianos tenham confiança em nós, para juntos podermos construir, mas não podemos fazê-lo sobre os escombros” – disse o Presidente do Malawi.
As declarações do Chefe do Estado malawiano, surgem numa altura em que acabam de ser detectados novos casos de saque de fundos do estado, abuso de cargo e corrupção em maior parte das empresas públicas e instituições governamentais.
Além da Autoridade Tributária, a ESCOM, empresa pública de distribuição de energia eléctrica no Malawi, drenou quantidades não especificadas de combustíveis a favor de pessoas alheias. O desvio ocorreu por um período de dois anos.
De entre os beneficiários, constam antigos governantes, altas figuras do deposto partido DPP e membros da associação Mulhako wa Alhomwe, na qual faz parte o antigo presidente, Peter Mutharika.
Um outro escândalo financeiro foi detectado na Autoridade Reguladora das Comunicações, onde o antigo director-geral defraudou a instituição através de pagamentos ilícitos, contratos falsos e uso indevido de combustíveis e outros bens.
Godfrey Itaye é acusado de ter recebido 10 milhões de kwachas, cerca de um milhão de meticais por semana, de Janeiro a Junho do presente ano, em alegados subsídios de viagem.
Foi revelado ainda que Itaye gastava por semana, setecentos mil meticais em combustíveis, aquisição de material de campanha eleitoral para o antigo partido no poder e compra de veículos para altas figuras do DPP.
O Gabinete central de combate a corrupção no Malawi está igualmente a investigar a ADMARC- Corporação de desenvolvimento e marketing agrícola, por desfalque de biliões de kwachas, de acordo com o relatório de uma auditoria independente. ( RM Blantyre)
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