A população do Chade, com perto de 16 milhões de pessoas, é hoje chamada às ruas para participar nas eleições presidenciais, num escrutínio que tem o Presidente cessante, Idriss Déby Itno, como favorito a conquistar um sexto mandato consecutivo.
Déby, 68 anos, 30 dos quais à frente do país, parte como o principal favorito à vitória frente a uma oposição enfraquecida.
As eleições presidenciais surgem dois meses depois de 15 partidos da oposição se terem unido numa aliança que propunha um "único candidato" para enfrentar Déby. No entanto, e após desavenças, esta aliança foi desfeita, tendo 16 opositores apresentado a sua candidatura frente ao chefe de Estado.
O Supremo Tribunal do Chade viria a invalidar sete candidaturas, com outras três -- incluindo a do histórico rival Saleh Kebzabo --, a retirarem-se em protesto contra violência.
Assim, os boletins de voto mantêm os nomes de 10 candidatos, embora apenas Félix Nialbé Romadoumngar, Albert Pahimi Padacké, Théophile Yombombe Madjitoloum, Baltazar Aladoum Djarma, Brice Mbaïmon Guedmbaye e Lydie Beassemda -- a primeira candidata presidencial na história do Chade -- desafiem, de facto, Déby.
Pelo Chade, país no norte da África Central, a eleição de domingo é vista como "pré-estabelecida".
O executivo proíbe há vários meses as manifestações e "marchas pacíficas pela mudança" que os partidos da oposição tentam organizar todos os sábados, com a polícia antimotim a dispersar alguns dos comícios, que, por norma, não chegam a reunir mais de algumas dezenas de pessoas.
Na quinta-feira, a organização não-governamental Human Rights Watch (HRW) acusou as forças de segurança de realizarem uma "repressão implacável", algo abordado também pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que lamentou "o uso de violência" contra a oposição.
No entanto, Ndjamena nada faz face a estas posições, com Idriss Déby, marechal, a continuar uma campanha sobre a "paz e segurança".
Déby embandeira a "paz e segurança", dizendo ser o arquitecto destas no seu país e numa região atormentada por conflitos. O Chade, rodeado por Líbia, Sudão e República Centro-Africana (RCA), é um dos principais contribuintes para o combate a 'jihadistas' no Sahel, enviando militares experientes para Mali e, ocasionalmente, Nigéria. (RM /NMinuto)
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