Sessenta e cinco observadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), de órgãos da comunicação social estrangeira, bem como da Embaixada dos Estados Unidos credenciados e da União Africana (UA) acompanharão as eleições legislativas deste domingo em Cabo Verde, apurou a PANA, quinta-feira, de fonte segura.
Em declarações à imprensa após um briefing de recepção dos observadores internacionais, ocorrido no Auditório da Universidade Jean Piaget, na cidade da Praia, a presidente da Comissão Nacional de Eleições (CNE) de Cabo Verde, Maria do Rosário Pereira, considerou “muito positiva e motivadora” a presença destas entidades no escrutínio que irá eleger, para um mandato de cinco anos, os 72 deputados com assento na Assembleia Nacional.
Maria do Rosário Pereira considera ainda que a vinda de observadores internacionais é “uma motivação extra” para os atores nacionais darem o seu contributo para que o processo decorra na “normalidade”, o que, a seu ver, servirá para confirmar a leitura internacional que Cabo Verde tem um processo eleitoral “credível, transparente, bem organizado e pacífico.”.
Questionada sobre o cumprimento das medidas sanitárias por parte dos partidos, durante a campanha eleitoral, num momento em que o país enfrenta um aumento exponencial de novas infecções pela covid-19 (coronavirus), a presidente da CNE frisou que a sua instituição tem estado a acompanhar a situação.
Disse acreditar que, comparativamente às eleições autárquicas de Outubro do ano passado, denotou-se “uma melhoria” da parte dos partidos políticos e dos concorrentes, sublinhando que nesta presente campanha, embora continue a ter ajuntamentos, aglomerações, tem sido realizados menos comícios e ajuntamentos.
A avaliação da presidente da CNE é de que “há uma evolução positiva” naquilo que diz respeito ao alinhamento da campanha eleitoral com as exigências do contexto pandémico no país.
Um total de 597 candidatos de seis partidos estão na corrida nestas que serão as sétimas eleições legislativas em Cabo Verde, tentando conquistar o voto de 393 mil 166 eleitores inscritos no arquipélago e na diáspora.
Às legislativas de 18 de Abril concorrem, em todos os 13 círculos eleitorais no país e no estrangeiro, o Movimento para a Democracia (MpD, no poder), o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, principal força da oposição)) e a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), todos com representação parlamentar.
Depois, o Partido Popular concorre em cinco círculos, o Partido Social Democrata em quatro e o Partido do Trabalho e da Solidariedade em cinco.
O calendário eleitoral, aprovado pela CNE na sequência da convocatória, pelo Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, prevê a votação das 07:00 às 18:00 (mais uma hora do que no escrutínio anterior), em todo o arquipélago.
Para o dia da votação, estão previstas mil 245 mesas de voto no arquipélago e 246 para diáspora que elege um total de seis dos 72 deputados, dois dos quais pelo círculo de África, dois pelo círculo da América e dois pelo círculo da Europa e o resto do mundo.
O MpD, então na oposição, venceu com maioria absoluta (quase 54 por cento dos votos) as eleições legislativas em 2016, afastando do poder, ao fim de 15 anos, o PAICV (ambos os partidos já venceram, cada um, três eleições legislativas).
Ainda no decorrer de 2021, Cabo Verde realiza também eleições presidenciais a 17 de Outubro próximo, para a escolha um sucessor ao actual o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que termina o segundo e último mandato este ano. (RM-Angop)
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