O Governo israelita ratificou este domingo o acordo assinado em Janeiro último com a Grécia e o Chipre para construir o gasoduto EastMed, que visa abastecer a União Europeia (UE) com gás natural do Mediterrâneo oriental.
Em comunicado, assinado pelo ministro da Energia israelita, Yuval Steinitz, Israel considera que o acto de "mais um marco na campanha para converter Israel em exportador de energia", atraindo "dezenas de milhares de milhões para o bem-estar do país e dos cidadãos nos próximos anos".
O projecto, com um custo previsto de 6.000 milhões de euros, estender-se-á por quase 2.000 quilómetros, sendo que a construção do gasoduto requer a adesão de Itália, que declarou o seu apoio mas ainda não o formalizou.
Steinitz sublinhou a importância da ratificação deste domingo, tendo em conta a crise causada pela pandemia de covid-19.
"Por um lado, continuamos a luta contra o coronavírus e, por outro, desenvolvemos a economia israelita", declarou.
Segundo o comunicado, está em curso a elaboração dos planos tanto da rota terrestre como da marítima, esperando-se que o gasoduto esteja concluído em 2025.
A previsão é que, numa primeira fase, possa transferir 10.000 milhões de metros cúbicos de gás natural, por ano, desde as reservas do sudeste do Mediterrâneo em Israel, Chipre, Creta e continente grego até Itália e o resto da UE, com possibilidade de, eventualmente, duplicar essa quantidade, chegando aos 20.000 milhões de metros cúbicos anuais.(RM-NM)
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