O Presidente da República, Filipe Nyusi, considera que a visita de trabalho que efectuou à República francesa foi coroada de êxitos, a avaliar pelos resultados alcançados.
“Ficou claro que Moçambique e a França partilham interesses económicos vitais, cujo sucesso passa por um ambiente de paz, segurança e estabilidade de Moçambique”, assegurou o Chefe do Estado, em conferência de Imprensa de balanço da visita à França.
Segundo o Presidente Nyusi, Moçambique e França partilham relações político-diplomáticas, económicas e sociais no quadro das quais têm desenvolvido várias actividades com o envolvimento da França em sectores como Agricultura, Infra-estruturas, Educação, Saúde, Transportes e Comunicações, Energia, entre outros.
“Moçambique acolhe investimentos de Empresas francesas de grande dimensão, a exemplo da Total e Technip, que em conjunto investem no nosso País mais de 20 mil milhões de dólares americanos. Este volume de investimentos mostra claramente que Moçambique é um parceiro vital e estratégico para a França, razão mais do que suficiente para que nos fosse endereçado o convite”, frisou o Estadista moçambicano.
A visita do Chefe do Estado moçambicano a França esteve enquadrada em dois momentos, nomeadamente bilateral e multilateral.
Na componente bilateral, destaca-se o encontro que manteve com o Presidente francês, Emmanuel Mácron, no qual trocaram informações sobre a situação interna nos dois países, sobretudo nas melhores formas de fazer face aos desafios de segurança, devido aos ataques terroristas que afectam os dois países.
“Reafirmamos o nosso empenho na restauração da paz e segurança e normalidade nas zonas afectadas pelos actos bárbaros dos terroristas, partilhamos as medidas que o nosso país tem vindo a tomar para acabar com este flagelo e a solidariedade e interesse em apoiar na luta contra o terrorismo por parceiros bilaterais e multilaterais”, frisou o Presidente Nyusi.
O Chefe do Estado moçambicano fez saber que o Presidente Mácron solidarizou-se com os moçambicanos e condenou os actos terroristas contra o nosso país, tendo os dois estadistas se comprometido a trabalhar juntos para a reposição da segurança, tranquilidade e retomad de actividades sócio-económicas.
“Recebemos garantias do Presidente Mácron sobre a continuidade do apoio às empresas francesas para prosseguirem e expandir os seus investimentos em Moçambique. Analisamos outros desafios com que se confronta o mundo e os nossos dois países em particular, que decorrem da pandemia da Covid-19 e da necessidade e cumprir os compromissos no quadro do acordo de Paris sobre o ambiente e outras convenções sobre a matéria. O Presidente Emmanuel Mácron reiterou o seu apoio a candidatura de Moçambique a membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, sublinhou o Presidente da República.
De referir que a componente bilateral foi igualmente marcada pela assinatura de quatro instrumentos legais, nomeadamente o memorando de entendimento sobre consultas políticas, acordo sobre a suspensão do serviço da dívida, a convenção de financiamento para a redução de perdas não técnicas da EDM, o Memorando de entendimento entre o Banco de Moçambique e a Agência Francesa de Desenvolvimento e para o início de programa de Assistência Técnica ao Banco de Moçambique com o objetivo de combater o branqueamento de capitais e Financiamento ao Terrorismo.
À margem da visita, o Presidente Nyusi manteve encontros com líderes empresariais franceses, de entre eles, se destaca a Total, Technip, Société Generale, Air France, CIS, e IGIS France.
“A Total manifestou o compromisso de retoma do Projecto assim que as condições de segurança estiverem repostas. A TOTAL assegura por outro lado o pagamento de valores pendentes com pequenas e médias empresas moçambicanas contratadas no âmbito da implementação do Projecto Golfinho/Atum. O Terrorismo é um fenômeno global e o seu combate requer parcerias e este é um assunto que levamos à discussão em vários encontros.”, disse o Estadista moçambicano.
O Presidente da República revelou ainda que a companhia aérea Air France reiterou a sua intenção de voltar a voar para o país em finais de Outubro próximo; constrangimentos impostos pela pandemia da Covid-19 ditaram contribuíram para o atraso na execução do plano.
O Presidente Nyusi manteve igualmente encontros bilaterais com vários Chefes de Estado e/ou de Governos, entre eles os Presidentes da África do Sul, Cyril Ramaphosa, do Ruanda, Paul Kagame e o Primeiro-Ministro de Portugal, António Costa, com os quais trocou impressões sobre a situação politica e Económica nos seus países, bem como os principais desafios, sobretudo a covid-19, financiamento às economias africanas e os desafios de segurança como factor para impulsionar o desenvolvimento sócio-económico.
No âmbito multilateral, o Chefe do Estado moçambicano reuniu-se com o Vice-Presidente para África Oriental e Austral do Banco Mundial, e participou da Cimeira sobre Financiamentos das Economias Africanas. (/RM)
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