A Comissão de Promoção e Protecção dos Direitos Culturais, Religiosos e Linguísticos da África do Sul acaba de criar um comité, para investigar as queixas sobre supostos abusos nas igrejas do país.
Este comité, composto por líderes religiosos, vai iniciar com os trabalhos em Maio próximo e deve apresentar o relatório até Junho deste ano.
Nos últimos tempos, a Comissão de Promoção e Protecção dos Direitos Culturais, Religiosos e Linguísticos diz estar a receber denúncias de abusos, incluindo os de natureza sexual, por parte de fiéis e líderes religiosos.
Aliás, a criação do comité de investigação pode estar ligado a indignação que se levantou, por quase toda a África do Sul, em torno da absolvição de um televangelista nigeriano acusado de estupro, agressão sexual e tráfico de pessoas.
Igualmente, o comité foi criado na base dos resultados de uma investigação feita entre 2015 e 2017 sobre a mercantilização da religião e a ocorrência do chamado abuso espiritual.
O padre moçambicano, Manuel Quembo, de Bushbuckridge, na província de Mpumalanga, saúda a iniciativa das autoridades religiosas sul-africanas e diz que a sociedade, de uma forma geral, está acometida do que chama de Teologia da Prosperidade.
Por outro lado, o Padre Manuel rejeita a insinuação de que a Igreja esteja a perder o seu papel na sociedade:
Na África do Sul, a Constituição garante a liberdade de culto. Quase oitenta por cento da população é cristã, mas existem outros grupos religiosos, incluindo hindus, muçulmanos e judeus. (RM Johannesburg)
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