Há muita expectativa em torno do Orçamento do Estado a ser apresentado, esta quarta-feira, pelo Ministro sul-africano das Finanças, Enoch Gondongwana.
Este orçamento deverá clarificar como o tesouro vai financiar operacionalização das prioridades governamentais, anunciadas pelo Presidente Cyril Ramaphosa, aquando da apresentação no Estado da Nação.
Godongwana vai actualizar os sul-africanos sobre o estado da economia, finanças públicas e progresso nos objectivos do governo em termos de prestação de serviços.
A grande expectativa é conhecer o bolo destinado a Eskom para fazer face a crise energética, que se agravou esta semana com o colapso de mais centrais eléctricas, algumas devido as inundações que estão a devastar várias regiões da África do Sul.
A par da crise energética, Gondongwana vai dizer quanto está disponível para o sector de defesa e segurança, numa altura em que os números da criminalidade continuam a subir, sobretudo o crime violento.
Atentos estão os sul-africanos para saber o que o governo oferece a centenas de pessoas pobres e desempregadas, que tem vindo a beneficiar de subsídios sociais.
Sectorialmente, as pequenas e médias empresas esperam incentivos fiscais e a flexibilização da legislação laboral enquanto as famílias de renda média querem uma taxa de câmbio menos volátil, o fim da crise energética e um plano exequível de combate á corrupção.
Os sindicatos dizem que o orçamento de estado deve permitir a criação de mais oportunidades de emprego, salários mínimos mais altos e o fim dos “apagões” derivados da crise energética.
Especificamente, o Congresso dos Sindicatos Sul-Africanos-COSATU- pediu, esta segunda-feira, intervenções importantes para transformar a economia, incluindo o alívio da dívida da Eskom para acabar com a escassez de energia nos próximos seis meses.
A COSATU disse ainda é preciso fazer mais para melhorar a infra-estrutura ferroviária, fundamental para recolocar a economia nos trilhos e os trabalhadores nos empregos.
A COSATU acrescentou que está preocupada com o que chama de colapso dos municípios, principalmente das zonas rurais, que não conseguem fornecer serviços básicos.
Também esta segunda-feira, a Aliança Democrática, maior partido na oposição, pediu um orçamento que mantenha as luzes do país acesas, reduza o custo dos alimentos e faça crescer a economia.
O DA diz que não vai apoiar o aumento de impostos e sugere uma redução da taxa de combustível. (RM Pretória)
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