O Governo sul-africano pediu um "diálogo urgente" em Moçambique, país vizinho, para resolver a crise desencadeada após a declaração dos resultados finais das eleições de 09 de Outubro, recebidos com violentos protestos que causaram pelo menos 21 mortos.
Na sequência do anúncio dos resultados eleitorais, na segunda-feira, a África do Sul "registou com preocupação a violência em curso e os subsequentes protestos disruptivos em resposta ao anúncio", afirmou o Ministério das Relações Internacionais e Cooperação num comunicado divulgado esta terça-feira.
O Governo sul-africano "apela a todas as partes para que se empenhem num diálogo urgente que cure o país e o coloque numa nova trajectória política e de desenvolvimento", sublinhou a diplomacia sul-africana.
A África do Sul "está pronta para ajudar Moçambique de qualquer forma que facilite esse diálogo", referiu ainda.
As autoridades sul-africanas adiantam que continuarão a trabalhar com a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e outras agências multilaterais para "apoiar uma solução duradoura para o actual impasse".
Apelam também "a todas as partes para que deem provas de contenção e calma".
Numa conferência de imprensa na capital, Maputo, o ministro do Interior de Moçambique, Pascoal Ronda, disse esta terça-feira que "foram cometidos 236 actos de violência grave em todo o país, dos quais resultaram 21 mortos", incluindo dois polícias.
Entre os 25 feridos, há 13 civis e 12 polícias, segundo o ministro.
O Conselho Constitucional de Moçambique, o mais alto órgão judicial para assuntos eleitorais e constitucionais, confirmou na segunda-feira a vitória de Daniel Chapo, candidato presidencial da Frelimo, nas eleições gerais de 9 de Outubro passado. (RM)
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