A Unidade Especial de Investigação Policial na África do Sul diz ter criado três forças-tarefa para lidar com a mineração ilegal.
A informação consta de um informe apresentado, no último fim-de-semana, pela polícia sul-africana à comissão parlamentar de recursos minerais e energia, que visitou zonas afectadas pela mineração ilegal, nas províncias de Gauteng e North West.
A principal missão das três forças-tarefa é de rastrear as pessoas que estão por trás do negócio da mineração ilegal na África do Sul.
Acredita-se que a teia da mineração ilegal tenha raízes e ramificações em território sul-africano e no estrangeiro.
A polícia sul-africana diz que há vários níveis na cadeia criminosa da mineração ilegal, que incluem o recrutamento de mineiros ilegais nos países vizinhos, incluindo Moçambique; a extracção e processamento de mineiros e a comercialização do produto acabado em mercados local, regional e internacional.
A comissão parlamentar de recursos minerais e energia entende que o fenómeno da mineração ilegal, na África do Sul, mexe com questões de segurança do país, até porque os mineiros ilegais, várias vezes, portam armas de grande calibre.
O Ministério dos Recursos Minerais e Energia diz que ainda existem mais de quinhentos poços de minas que ainda não foram fechados nas zonas leste e oeste de Gauteng. São estes poços que atraem muitos mineiros ilegais.
As discussões tidas com a comissão parlamentar permitiram perceber que o combate a mineração ilegal não pode ser dissociada a outros males que afectam a sociedade sul-africana, a exemplo da pobreza e desemprego.
Uma das sugestões para acabar com o fenómeno é a criação de condições de habitação para as populações que vivem em assentamentos informais nas proximidades de minas abandonadas.
É nestes assentamentos que se escondem os mineiros ilegais e é lá onde fazem o processamento dos minérios.
O governo sul-africano tem sido aconselhado a tomar medidas mais severas para acabar com a mineração ilegal.
O Ministério do Interior diz ter reforçado o controlo fronteiriço para impedir que mineiros viajem para os países de origem ou retornem a terra do rand.
O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Gwede Matanshe, classifica a mineração ilegal de acto de sabotagem á economia da África do Sul. (RM Pretória)
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