Um grupo armado aliado ao movimento Estado Islâmico no leste da República Democrática do Congo matou, pelo menos, 41 pessoas em várias aldeias da província de Kivu do Norte, na sexta-feira, informou hoje o governo nacional.
Segundo o comunicado, os ataques de sexta-feira foram levados a cabo por elementos das Forças Democráticas Aliadas nas aldeias de Masala, Mahihi e Keme, enquanto os moradores se perguntaram por que razão as forças de segurança não os estavam a proteger.
Membros da sociedade civil local adiantaram que o número real de mortos é mais elevado, podendo chegar aos 80.
Há muito que os habitantes apelam ao exército congolês para que proteja a população local.
O governo do Congo lançou uma operação para perseguir os elementos responsáveis, matou alguns deles e libertou reféns no processo, sem fornecer números, refere ainda o comunicado.
Há décadas que o Congo Oriental se debate com a violência armada, uma vez que mais de 120 grupos lutam pelo poder, pela terra e por recursos minerais valiosos, enquanto outros tentam defender as suas comunidades.
Alguns grupos armados foram acusados de assassínios em massa.
A violência provocou a deslocação de cerca de 7 milhões de pessoas, muitas das quais estão fora do alcance da ajuda.
A missão de manutenção da paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Congo, que ajudou na luta contra os rebeldes durante mais de duas décadas, vai concluir a sua retirada até ao final de 2024.
A saída, em três fases, dos 15 mil efectivos já começou na província de Kivu Sul.
A ONU foi convidada pelo governo congolês a abandonar o país por não ter conseguido pôr fim ao conflito.
O governo também pediu a uma força regional da África Oriental, enviada no ano passado para ajudar a pôr fim aos combates, que deixasse o país por razões semelhantes. (RM-NM)
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