21 de Novembro de 2024
Guterres pede mais esforços após desapontamento com projecto de acordo
O Congresso Nacional Africano diz que quer formar um Governo de Unidade Nacional no lugar de uma coligação.
O ANC entende que o Governo de Unidade Nacional é o mais viável e eficaz para satisfazer as expectativas de todos os sul-africanos.
A decisão foi tomada na reunião extraordinária do Comité Executivo Nacional do ANC, que teve lugar, esta quinta-feira, em Boksburg.
O Presidente Cyril Ramaphosa defendeu que os quarenta por cento de votos que o partido obteve nas sétimas eleições gerais e das assembleias provinciais mostram que não há nenhuma solução para a África do Sul sem o ANC.
Sublinhou que o Governo de Unidade Nacional deve reflectir a história e as actuais condições do país:
“Acordámos, portanto, que vamos convidar os partidos políticos param formarmos um Governo de Unidade Nacional como a melhor opção para fazer avançar o nosso país. O objectivo do Governo de Unidade Nacional deve, antes de mais nada, abordar as questões prementes que os sul-africanos desejam que sejam abordadas. Estas questões incluem a criação de emprego, o crescimento da nossa economia que será inclusiva, o elevado custo de vida, a prestação de serviços, o crime e a corrupção”, disse.
O Comité Executivo Nacional do ANC deu luz verde á equipa negocial para prosseguir com os contactos com outros actores políticos, visando a formação do Governo de Unidade Nacional.
Ramaphosa esclareceu que o ANC vai a estas negociações guiado por princípios adoptados, em Abril do ano passado, sobre a colaboração com outros partidos.
O presidente do ANC confirmou que já foram feitos contactos com o Partido dos Combatentes da Liberdade Económica, Aliança Democrática, Inkata Partido da Liberdade e o Partido da Liberdade Nacional.
Os contactos devem prosseguir nos próximos dias junto de outras formações políticas interessadas no progresso do país.
Por outro lado, Cyril Ramaphosa revelou que o Comité Executivo do ANC concordou ser necessário um diálogo nacional, alargado a outros actores da sociedade, para a procura de consensos sobre as acções necessárias para levar o país adiante:
“Esse diálogo nacional vai reforçar a nossa tarefa actual de reconstruir a coesão social numa sociedade fracturada, na sequência de uma campanha eleitoral particularmente tóxica e divisionista”, disse.
Ramaphosa anunciou ainda que nos próximos dias, as estruturas do ANC vão se reunir para discutir os resultados das eleições e o caminho a seguir. (RM Johannesburg)
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