O Governo angolano planeia construir uma auto-estrada de mil e setessentos quilómetros, a partir da fronteira com a Namíbia até a República Democrática do Congo, afirmou esta sexta-feira, o ministro das Obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos Alberto dos Santos.
O governante fez estas declarações no Lobito, no final de uma visita de constatação de infra-estruturas da província de Benguela.
Além desta, haverá uma outra que vai no sentido oeste-leste, com mil e 350 km, que vai chegar até a localidade de Jimbe, que faz fronteira com a Zâmbia.
"São esses dois eixos principais que vamos dar início, com o envolvimento de parcerias público-privadas, cujos estudos técnicos deverão ter início já", disse.
Aproveitou para anunciar também que foi aprovado um plano para recuperação de infra-estruturas rodoviárias, com início previsto em 2024.
Entre as estradas, destaca-se a intervenção da estrada EN100 e a EN250, que liga Benguela ao Huambo, que, a seu ver, precisa de uma intervenção urgente nalguns troços.
O ministro prometeu continuar a manutenção e conservação das estradas que fazem parte do eixo Benguela, Huambo, Bié e Moxico, e fazem parte do Corredor rodoviário do Lobito.
Questionado sobre o programa de auto- construção dirigida, Carlos Alberto dos Santos informou que o Governo tem um plano de cedência de oito mil lotes, até 2027.
Segundo ele, as zonas já estão identificadas e as infra-estruturas virão com o tempo.
"Vamos investir na auto-construção dirigida onde o privado e o cidadão terão o seu espaço e, juntos, podem contribuir para superar o deficit habitacional que está a volta dos 2,2 milhões de habitantes.
Quanto às centralidades, disse que o Estado já não vai construir mais nenhuma.
"O Estado construiu 350 mil unidades em centralidades, urbanizações e habitações sociais", afirmou.
Sobre as habitações sociais, disse ser da responsabilidade primária do próprio Estado, enquanto que tudo que for para comercializar, o sector privado terá o seu espaço para construir e vender. (RM-Angop)
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