6 de Março de 2025
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O nível de armazenamento da albufeira de Cahora Bassa garante a produção de electricidade até ao último trimestre deste ano, fruto dos encaixes de água que se registam nesta época chuvosa, após 19,18 por cento, em Janeiro, a cota mais baixa dos últimos tempos.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), Tomás Matola, que falava recentemente em Maputo, por ocasião do lançamento do “Prémio Jornalismo alusivo aos 50 anos da HCB”, a albufeira apresenta actualmente um nível de armazenamento estimado em 24,18 por cento, com previsão de aumento à medida que vai chovendo, sobretudo a montante.
“Aos poucos, vamos saindo da situação crítica em que nos encontramos e que nos obrigou a fazer grandes reajustes no nosso plano operacional de produção de electricidade a partir de Julho do ano passado, com impacto na redução da corrente eléctrica exportada. Felizmente, com as precipitações que caíram no mês de Fevereiro, conseguimos recuperar e as nossas previsões hidrometeorológicas mostram que vêm mais chuvas e o armazenamento vai, naturalmente, aumentar”, previu Tomás Matola.
Espera-se igualmente que a albufeira de Cahora Bassa faça mais encaixes, quer pelo próprio caudal, quer pelos tributos dos rios afluentes ao Zambeze, como é o caso de Aruângua, da Zâmbia, e assim responder na plenitude à demanda de electricidade não só do mercado doméstico como também da região da África Austral.
“Mesmo que os níveis de encaixe se mantenham como estão, não há motivos de alarme, porque temos água suficiente para produzir electricidade sem restrições a nível interno. Naturalmente que a produção ficaria mais baixa e teríamos menos receitas externas, mas sempre teríamos electricidade para os moçambicanos”, explicou Tomás Matola.
Para além de Moçambique, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa fornece electricidade à África do Sul e Zimbabwe. Está em construção uma linha de transporte de energia entre Tete e Malawi. (RM /NOTÍCIAS)
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