Os resultados de um estudo da autoria de Nália Ismael, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde (INS), indicam que o número de indivíduos infectados por HIV resistente aos medicamentos e que não estavam em tratamento aumentou de 6.6 por cento, registados em 2004, para 14.4 em 2018.
Intitulado “Epidemiologia molecular e tendências da resistência aos medicamentos contra o HIV-1 em Moçambique”, o estudo determinou as mutações existentes do HIV, subtipos e nível de resistência da doença aos medicamentos.
Como resultado, verificou-se a existência de diferentes subtipos e variações do vírus. O HIV do subtipo C foi o mais frequente em todas regiões do país, porém outros subtipos diferentes do C foram observados, com maior frequência na zona Norte.
De acordo com o estudo, a resistência transmitida do HIV, no país, encontra-se acima de 10 por cento, principalmente para os medicamentos da classe conhecida como Não Nucleosídeos da Transcripase Reversa (NNRTI), que atingiram 12.7 por cento.
Em contrapartida, para as outras classes de medicamentos, incluindo a classe da qual fazem parte os medicamentos da primeira linha de tratamento doença, a resistência esteve abaixo de cinco por cento.
Como recomendação, o estudo orienta a retirada dos medicamentos NNRTIs, considerando o elevado nível de resistência transmitida encontrada.
Além de Nália Ismael, o estudo conta com a co-autoria de Eduan Wilkinson, Isabel Mahumana, Hernane Gemuce, Jennifer Giandhari, Adilson Bauhofer, Adolfo Vubil, Pirolita Mambo, Lavanya Singh, Nédio Mabunda, Dulce Bila, Susan Engelbrecht, Eduardo Samo Gudo, Richard Lessels e Túlio de Oliveira.(RM-INS)
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