O Ministério sul-africano do Interior diz estar a finalizar os aspectos logísticos para a deportação dos 95 líbios, detidos mês passado, num suposto acampamento de treinamento militar, em White River, na província de Mpumalanga.
As démarches do Ministério do Interior surgem para fazer cumprir a ordem emitida ontem pelo Tribunal que ordenou a deportação imediata dos 95 líbios.
O caso tomou novos contornos quando, esta quinta-feira, de forma surpreendente, o Ministério Público sul-africano retirou as queixas que pesavam sobre os líbios, alegando que os argumentos que possuía não dava perspectivas de sucesso a este processo.
A prisão dos 95 líbios, num suposto campo de treinos militares, em White River, ganhou as manchetes da imprensa local e não só, com algumas noticias a sugerir ligações do grupo ao terrorismo e outras a casos criminais.
O Ministério Público disse não ter evidências sobre estas ligações e, apenas, manteve a acusação de violação da lei de imigração.
Sendo assim, o caso foi endossado para o Ministério do Interior para tramitar o processo de deportação.
O ministro sul-africano do Interior, Leon Schreiber, disse ter instruído os serviços competentes a agirem com rapidez, mas observado todos os procedimentos legais para garantir que as deportações sejam feitas no menor espaço de tempo possível.
Os 95 líbios terão prestado falsas declarações, quando solicitaram os vistos de entrada na África do Sul, na embaixada deste país, em Túnis.
Terão alegado que a deslocação a terra do rand tinha como finalidade receber treinos como guardas de segurança.
No entanto, aquando da sua detenção constatou-se que o acampamento era, sim, de treinamentos militares.
Desde que foram presos, no passado dia 26 de Julho, os líbios sempre exigiram serem levados de volta para Benghazi.
O governo líbio negou qualquer ligação com o grupo. (RM Johannesburg)
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