O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, e a comitiva que o acompanhou a Nova Iorque para a Assembleia-Geral das Nações Unidas, estão assintomáticos e ficarão em isolamento após terem contactado com um ministro infectado, informaram fontes oficiais.
De acordo com o secretário Especial de Comunicação Social, André Costa, toda a comitiva presidencial, que envolve cerca de 50 pessoas, foi orientada a cumprir o isolamento social face à infecção do ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, que testou positivo à covid-19 na recta final da viagem a Nova Iorque.
"Cabe salientar que toda a comitiva que retornou ao Brasil está assintomática e, de acordo com esse guia [guia epidemiológico para o novo coronavírus do Ministério da Saúde], ficará em isolamento e, ao 5.º dia após o último contacto com Marcelo Queiroga (que ocorreu na terça-feira), será submetida a um novo teste RT-PCR", explicou André Costa em conferência de imprensa.
O secretário frisou que, caso o teste feito ao 5.º dia seja negativo, "a pessoa ficará livre do isolamento e será acompanhada por um médico até ao 14.º dia".
Ainda de acordo com Costa, Bolsonaro encontra-se no Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília, está "totalmente assintomático" e "seguirá as indicações" de permanecer em isolamento social.
O chefe de Estado brasileiro, que não foi vacinado com nenhuma dose de vacinas contra a covid-19 e que já esteve infectado no ano passado, deverá realizar um novo teste à doença entre "a noite de sábado e a manhã de domingo", segundo indicou o secretário,
Além de ministros e assessores, a comitiva era composta pelo chamado "escalão avançado", que são funcionários, seguranças e diplomatas que viajaram com antecedência e prepararam toda a logística da viagem.
As autoridades sanitárias brasileiras recomendaram, esta quarta-feira, que Jair Bolsonaro e a delegação que o acompanhou à Assembleia-Geral das Nações Unidas, nos Estados Unidos, cumpram quarentena após o ministro da Saúde testar positivo à covid-19.
Em nota enviada à Presidência da República, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) transmitiu a recomendação vigente para esses casos, que implica em quarentena de 14 dias para todos os integrantes da comitiva por terem estado em contacto com Queiroga.
Após recomendação de isolamento feita pelo órgão reguladores, Jair Bolsonaro cancelou uma viagem que faria na próxima sexta-feira ao Estado do Paraná, segundo informou o líder do Governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros.
O titular da pasta da Saúde, que já havia recebido as duas doses de vacina contra a covid-19, chegou a Nova Iorque no domingo no avião que transportava Jair Bolsonaro e outros elementos da delegação brasileira, e ficará pelos próximos 14 dias confinado num hotel em Nova Iorque, após ter testado positivo pouco antes de voltar ao Brasil, na terça-feira.
Em Nova Iorque, Queiroga participou em inúmeras actividades oficiais e esteve com o Presidente brasileiro num encontro com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e em encontros com personalidades como a ex-presidente chilena Michelle Bachelet, actual alta-comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
Queiroga também se encontrou com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e com investidores, circulou pelo complexo da Organização das Nações Unidas (ONU) e pelas ruas de Nova Iorque onde foi visto com Bolsonaro e parte da delegação brasileira comendo pizza na rua, porque o Presidente brasileiro não podia entrar em restaurantes por não estar vacinado contra o novo coronavírus.
O Brasil é o país lusófono mais afectado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao totalizar 591.440 óbitos e 21.247.094 infecções desde o início da pandemia.
A covid-19 provocou pelo menos 4.705.691 mortes em todo o mundo, entre mais de 229,48 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse. (RM/NMInuto)
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