O ex-chefe de Estado brasileiro e candidato às presidenciais Luiz Inácio Lula da Silva mostrou-se, esta terça-feira, confiante na sua vitória logo à primeira volta das eleições, agendada para 02 de Outubro.
Quando a gente sonha junto, dizem que se torna realidade. Estou convencido que se continuarmos trabalhando da forma que estamos, podemos ganhar no 1° turno", escreveu, no Twitter.
"Não tem por que ter vergonha de tentar ganhar no 1º turno. Se quem tem 5% sonha em ter 40%, porque quem tem mais de 40% não pode sonhar em ter mais um pouquinho e ganhar no primeiro turno?", acrescentou Lula da Silva, numa aparente alfinetada à senadora Simone Tebet (5%) e a Ciro Gomes (com 9%), segundo a última sondagem realizada pelo Datafolha.
O antigo líder sindical e Presidente brasileiro entre 2003 e 2010 lidera todas as sondagens sobre intenções de voto com cerca de 45% dos votos e uma vantagem de 12 pontos sobre o seu principal rival, o actual Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que aspira a ser reeleito e a quem as sondagens atribuem cerca de 32%.
Para vencer à primeira volta, que se realiza a 2 de Outubro, é necessário mais de 50% dos votos.
Lula defendeu o voto útil para evitar uma segunda volta, numa altura em que as sondagens indicam que tal possibilidade está ameaçada pelo crescimento da intenção de voto dos candidatos que tentam representar uma terceira via face à actual polarização eleitoral brasileira.
Até há 15 dias, as sondagens indicavam que o líder progressista recolhia uma maior intenção de voto do que todos os outros candidatos juntos, ou seja, que teria mais de metade dos votos úteis (descontados os votos em branco e nulos), o que garantiria a sua eleição sem a necessidade de uma segunda volta, prevista para 30 de Outubro.
Segundo relatos da imprensa, Lula também expressou a sua confiança em ser eleito na primeira volta, numa reunião que realizou na terça-feira em São Paulo com os líderes dos dez partidos que apoiam a sua candidatura.
"Faltam apenas 20 dias. Em nenhuma das eleições em que contestei tivemos tantas hipóteses de resolver tudo na primeira volta como na actual. E não temos de ter vergonha de dizer isto", disse Lula na reunião. (RM /NMinuto)
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