O Juiz que julga o caso Dívidas não Declaradas revelou hoje não haver indícios de o actual Presidente da República, Filipe Nyusi, ter recebido valores provenientes do grupo Privinvest, no âmbito do projecto de protecção da Zona Económica Exclusiva de Moçambique.
Efigénio Baptista disse também que nas contas rastreadas do antigo Presidente da República, Armando Guebuza, da sua esposa e dos seus filhos, com a excepção de Armando Ndambi Guebuza, não há igualmente indícios de terem recebido dinheiro da Privinvest.
A revelação do juiz Efigénio Baptista foi feita após uma pergunta do réu Gregório Leão, alegando haver pessoas em falta no julgamento do caso das Dívidas não declaradas.
“Nos autos tem o rastreio de contas de toda a família Guebuza, seus advogados podem confirmar isso; o presidente Guebuza, a mulher dele, Maria da Luz Guebuza, todos os filhos do presidente Guebuza. Fez-se um rastreio de contas de empresas dessas pessoas. Nas contas do presidente Guebuza não tem nem uma transferência da Privinvest. Nas contas da mulher do presidente Guebuza não tem nem uma transferência de dinheiro vindo da Privinvest. Na conta dos filhos do presidente Guebuza, infelizmente da falecida, não tem nenhum indício de vinda de dinheiro da conta da Privinvest. Na conta do outro filho, Mussumbuluko, das empresas dele, não tem nenhum indício de recebimento de dinheiro da Privinvest. O presidente Nyusi idem, não tem nada no processo do dinheiro, de que recebeu algum dinheiro do grupo Privinvest. Se alguém tem esta informação, vai entregar na PGR, diga presidente Filipe Nyusi recebeu dinheiro da grupo Privinvest, prova está aqui ! Entrega lá na Procuradoria, tal como fez este processo, desde 2015 “, disse.
O Juiz Efigénio Baptista esclareceu que uma das razões que fazem com que o réu Gregório Leão se sente no Banco dos réus, é o facto de haver provas de que a esposa, Ângela Leão, adquiriu bens com dinheiro do grupo Privinvest, mesmo não tendo nenhuma ligação com esta entidade.
Efigénio Baptista frisou ainda que todos os réus que estão em julgamento no caso das dívidas não declaradas, estão na rota de valores recebidos do grupo Privinvest.
O réu Gregório Leão foi o penúltimo a ser ouvido no Julgamento do caso das Dívidas não declaradas.
No fecho das audições dos réus, está António Carlos do Rosário, antigo director de Inteligência Económica no SiSE.
Na próxima terça-feira inicia a audição de declarantes. (RM)
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