No julgamento do caso Dívidas Não Declaradas, foi marcado pela audição do réu Teófilo Nhangumele, que confirmou ter enviado um e-mail a Jean Boustani para acrescentar mais 40 milhões de dólares no valor do contrato pra a viabilização do projecto da Zona Económica Exclusiva de Moçambique.
Respondendo às perguntas do juiz Efigénio Baptista, o réu acrescentou ter havido um “acordo de cavalheiros” para a partilha do montante entre os integrantes do grupo que viajara antes para a Alemanha, para ver as potencialidades da Privinvest e depois a Abu Dhabi.
Nesta quinta-feira, em que Teófilo Nhangumele tem estado a contradizer-se nas suas declarações, referiu ainda que a viagem exploratória feita à Alemanha, não foi em nome do estado moçambicano.
Confrontado pelo Ministério Público a respeito das declarações por si prestadas em 2019 na Procuradoria-geral da República, Teófilo Nhangumele realçou que as mesmas não correspondem à verdade, porque ele as teria feito sob pressão.
Disse entretanto, ter recebido os 8.5 milhões de dólares por ter facilitado a ligação entre a Privinvest e as autoridades moçambicanas, sem no entanto mencionar os nomes das referidas entidades.
Nhangumele afirmou ter adquirido em Moçambique casas, viaturas e também ter aplicado o valor noutras necessidades por si indicadas na 6ª secção criminal do Tribunal Judicial da cidade de Maputo, que funciona na penitenciária da BO e que julga o caso. (RM)
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