A Cimeira da Associação Internacional para o Desenvolvimento de África (IDA-21), que decorreu em Nairobi, no Quénia termina com a criação de um grupo que vai dinamizar a mobilização de recursos financeiros para o continente.
O grupo é composto por 4 chefes de estado de África que terão como missão ajudar o Banco Mundial a negociar com os doadores.
O Primeiro-ministro, Adriano Maleiane, participou na Cimeira IDA-21 em representação do Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Foram indicados quatro chefes de Estado que vão fazer este trabalho de advocacia de mobilização sobre a necessidade da alocação de fundos no âmbito de IDA e este era o objectivo da cimeira”, disse.
Na hora do balanço, Maleiane, explicou que ainda não foram definidos valores a serem desembolsados, mas ficou acordada a necessidade de harmonizar as prioridades de financiamento para o continente.
“ Aqui era preciso termos a mesma estratégia em termos de prioridade. Então, um grupo que tem a ver com o desenvolvimento de capital humano, estamos a falar de escolas, educação, abastecimento de água e também falamos de infra-estruturas que têm a ver com estradas, telecomunicações e pontes e tudo aquilo que facilita o transporte de mercadorias e comunicação que é muito importante”, disse.
O Primeiro-Ministro chamou a atenção para a questão de infra-estruturas em Moçambique, tais como estradas e pontes, pois além de resolver os problemas do país também resolvem os problemas dos países vizinhos que não têm acesso ao mar.
Por isso, disse, “temos que ter infra-estruturas para também viabilizarmos as economias dos nossos vizinhos. A nossa responsabilidade é muito grande, razão pela qual vamos pedir apoio dos financiamentos do IDA para a execução de projectos regionais. Também existe a questão de mudanças climáticas, pois países como Moçambique precisam de um financiamento adicional para mitigação, mas também para a construção de infra-estruturas mais resilientes”, afirmou.
Maleiane explicou que durante o evento cada país tinha que explicar durante a sua intervenção a importância do IDA. Para o caso concreto de Moçambique referiu que, em 2015, o país assumiu vários compromissos em linha com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável que vão até 2030. Moçambique elegeu 17 compromissos que incluem a eliminação da pobreza. Ainda há muito para fazer, pelo que são necessários fundos concessionais para chegar a 2030 e dizer o seguinte -aquilo que nós prometemos com a cobertura das Nações Unidas conseguimos atingir que são os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse.
Criada em 1960, o IDA é uma instituição do Banco Mundial que visa financiar os países em desenvolvimento de baixa renda inferior a 500 dólares per capita a taxas de juros e prazos concessionais. (RM)
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