Cipriano Mutota confirma participação na criação da PROÍNDICUS

Publicado: 24/08/2021, 18:02
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O arguido Cipriano Mutota afirmou esta terça-feira ter participado na criação da Empresa PROÍNDICUS, em parceria com o arguido Teófilo Nhangumele, num projecto que tinha em vista o reforço da Segurança da Costa Moçambicana.

 A empresa que foi criada entre os anos 2010 e 2011, deveria servir de canal para a materialização do projecto de protecção da Costa Moçambicana, num investimento inicial de 360 milhões de dólares.

Com a sua criação, a composição da Empresa PROÍNDICUS, foi feita através de entidades indicadas pelo SISE e pelo Ministério da Defesa, com 50 por cento cada, sendo que o Ministério do Interior entraria na sociedade depois da regularização da situação da entidade que o ia representar.

Falando esta terça-feira, em sede do tribunal, no âmbito da audiência de Julgamento do caso das dívidas não declaradas, o arguido Cipriano Mutota, referiu que o valor era correspondente a aquisição do material, manutenção e formação do pessoal.

Cipriano Mutota declarou ainda que a criação da empresa PROÍNDICUS, foi autorizada pelo então director-geral do SISE, Gregório Leão, depois de encontros com o Comandante em chefe, na altura Armando Guebuza, ministro das Finanças, Manuel Chang, e outras entidades dos Ministérios dos Transportes e Comunicações, das Pescas, do Interior e da Defesa.

Antes da criação da empresa PROÍNDICUS, foram realizados encontros, um dos quais, com Jean Bustani, que liderava uma empresa denominada Abudabi Mam, do grupo Priv Invest, vocacionada a protecção da costa.

Cipriano Mutota explicou que a entrada de Teofilo Nhangumele no projecto de protecção da Costa Moçambicana, surge depois de um convite por si formulado, para participar no encontro com Jean Bustani, por ter domínio da língua Inglesa.

Estando já fora do projecto por conta de aspectos profissionais, o arguido explica que Teófilo Nhangumele, contactou o arguido Armando Ndambe Guebuza, para que pudesse fazer chegar o projecto ao pai, Armando Guebuza.

Durante o julgamento, o arguido Cipriano Mutota, admitiu ter recebido de Jan Bustani e de outros intervenientes, valores de suborno no âmbito do projecto.

Ao todo Cipriano Mutota recebeu 980 mil dólares, um montante que se aproxima hoje a 63 milhões de meticais.

Ele é acusado de 4 crimes, nomeadamente Abuso de Confiança, Crime de Branqueamento de Capitais, Corrupção Passiva para Acto Ilícito e Crime de Associação para Delinquir. (RM)

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