Conflito de terra na linha de fronteira entre Malawi e Moçambique, poderá exigir soluções diplomáticas.
A liderança tradicional de Macanjira, no Malawi, acusa a contraparte moçambicana da província do Niassa, de supostamente ter alargado a fronteira para quinze quilómetros dentro do Malawi, violando os acordos de reafirmação da fronteira existentes entre os dois países.
Os líderes tradicionais de Macanjira alegam que a situação está a pôr em causa a convivência entre as comunidades que vivem na zona de fronteira.
A população de Macanjira, no distrito de Mangochi, no Malawi, pede ao presidente Lazarus Chakwera para dialogar com o seu homólogo de Moçambique, Filipe Nyusi, a fim de pôr termo ao conflito de terra que envolve parte da população da vizinha província do Niassa.
O pedido foi feito, esta quarta-feira em Macanjira, num comício dirigido pelo assessor político do presidente do Malawi, Efrem Chivunde:
Entretanto, Efrem Chivunde tranquilizou a população afirmando que brevemente os presidentes Lazarus Chakwera e Filipe Nyusi, encontrarão uma solução para o conflito, pois a relação entre os dois países é salutar.
Em Maio de 2012, o governo de Moçambique também lançou acusações sobre as comunidades malawianas por, alegadamente se terem envolvido na demarcação de terras em regiões fronteiriças, o que levou algumas famílias do Malawi a erguerem casas no território moçambicano.
Aliás, os dois governos trocaram mutuamente acusações sobre a usurpação de terras na linha de fronteira comum.
Na altura, o então director nacional de Mar e Fronteiras, José Mucombo ,teria assegurado que as equipas técnicas dos dois países, acordaram que, as áreas ocupadas por malawianos no território moçambicano, seriam mapeadas e reintroduzidas no espaço nacional e as respectivas famílias recenseadas.
A fronteira comum entre Moçambique e Malawi é de 1.400 quilómetros, dos quais 888 são de terra firme, 322 de divisória lacustre e 190 de fronteira fluvial. (RM)
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