A Coreia do Norte disparou um "projéctil não identificado" no mar do Este, também conhecido como mar do Japão, o sétimo este mês, informou hoje a agência de notícias Yonhap, que cita uma fonte militar sul-coreana.
O disparo foi feito hoje (domingo naquela região) e é o sétimo teste de armamento realizado por Pyongyang desde o início do ano.
A última vez que a Coreia do Norte realizou tantos testes num mês foi em 2019, após as negociações entre o líder norte-coreano, Kim Jong Un, e o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terem fracassado.
Na sexta-feira, a Coreia do Norte tinha confirmado o teste de dois mísseis tácticos terra-terra e dois mísseis cruzeiro na terça-feira, com êxito.
Segundo a agência noticiosa estatal norte-coreana, a KNCA, Pyongyang conduziu os lançamentos "para renovar o sistema" no caso dos mísseis cruzeiro e "para testar a potência da ogiva convencional" no caso dos mísseis tácticos terra-terra.
Em ambos os testes, os mísseis atingiram um alvo insular no mar do Japão, noticiou a KNCA, que especifica que os dois mísseis cruzeiro percorreram uma distância de 1.800 quilómetros.
Os testes realizados este mês de vários tipos de mísseis, desde mísseis hipersónicos e balísticos até lançamentos de mísseis cruzeiro, mostram a determinação do regime em continuar a testar o armamento, num momento de pressão crescente por parte dos Estados Unidos.
O desinteresse demonstrado por Pyongyang durante meses no sentido do diálogo, a vontade renovada dos EUA de endurecer as sanções e os seis testes de armas norte-coreanas que tiveram lugar em menos de um mês trazem de volta ecos das tensões entre os dois países em 2017.
Além desta corrida ao armamento, há uma semana, Pyongyang ameaçou retomar os testes nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais, afirmando que está a considerar retomar todas as suas "acções temporariamente suspensas" em matéria de defesa.
O regime norte-coreano contempla um regresso a este tipo de medidas, que decidiu suspender unilateralmente no início do diálogo inter-coreano, e como resposta às "acções hostis cada vez mais agravadas" dos Estados Unidos, de acordo com uma reunião do mais alto órgão de Governo do país liderado por Kim Jong Un, noticiada pelos meios de comunicação estatais. (RM/NMinuto)
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