Nas últimas quatro semanas, África registou um decréscimo médio de 10 por cento nos novos casos de covid-19, segundo dados divulgados hoje pelas autoridades, que se mantêm, no entanto, cautelosas quanto ao fim da primeira vaga da pandemia no continente.
"Nas últimas quatro semanas, globalmente os 55 Estados-membros da União Africana registaram, em média, um decréscimo de 10 por cento no número de novos casos de covid-19", disse o director do Centro para o Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (UA), Jonh Nkegasong, durante a conferência de imprensa semanal.
Por regiões, Jonh Nkegasong adiantou que o norte de África (+8,7%) e a África Oriental (+2%) registam aumento de novos casos durante o mesmo período, enquanto na África Central (-33%), na África Austral (-22%) e na África Ocidental (-16%) houve diminuição.
"Vemos tendências que vão no bom sentido, mas temos de manter e intensificar as medidas que já comprovamos que funcionam. Já vimos isto em outras regiões, a pandemia parece decrescer e depois ressurge. Temos de ter muito cuidado porque estamos longe de ter acabado. Temos de continuar a intensificar os nossos esforços", disse o responsável do África CDC.
"Apesar de tendência ser de descida, temos de nos lembrar que são apenas tendências. Estamos na direcção certa como continente, mas a batalha está longe de estar ganha", acrescentou, sublinhando as muitas incertezas que subsistem relativamente ao comportamento do novo coronavírus.
Analisando os dados da última semana, Jonh Nkegasong disse que o continente registou 53 mil novas infecções por covid-19, o que representa uma redução de 5,2 por cento no número de novos contágios face à semana anterior.
Cerca de 70% dos casos de covid-19 continuam concentrados em cinco países: África do Sul (49%), Egipto (8%), Marrocos (6%), Etiópia (5%) e Nigéria (4%).
"Marrocos teve um aumento muito significativo nas últimas semanas e regista agora mais 70 mil casos, enquanto o Egipto ultrapassou os 100 mil casos", apontou o director do África CDC.
Os países com maior número de novos casos na última semana foram Marrocos, África do Sul, Etiópia, Líbia e Argélia.
Entre os países com o maior número acumulado de infecções por 100.000 habitantes mantém-se a África do Sul (1.000), Cabo verde (746), Djibuti (549), São Tomé e Príncipe (449) e Gabão (411).
O continente realizou desde o início da pandemia mais de 12,7 milhões de testes, um aumento de seis por cento em relação à semana passada.
Cerca de 80 por cento dos testes foram feitos na África do Sul, Marrocos, Etiópia, Quénia, Egipto, Ruanda, Gana, Nigéria e Uganda.
África registou 201 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, passando a um total de 31.902, em 1.321.736 casos de infecção, de acordo com os números mais recentes da pandemia no continente.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas registaram-se, nos 55 Estados-membros da organização, 8.517 novos casos e houve mais 8.770 doentes recuperados, para um total de 1.059.337.
O maior número de casos e mortos continua a registar-se na África Austral, com 693.691 contaminações e 16.249 mortos. Só a África do Sul, o país mais afectado do continente, contabiliza 642.431 casos e 15.168 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afectada pela pandemia, tem agora 258.298 pessoas infectadas e 9.188 mortos e na África Ocidental o número de infecções subiu para 166.375 e o de vítimas mortais para 2.491.
Na região da África Oriental, o número de casos de covid-19 é de 147.794 e 2.924 mortos, e na África Central estão contabilizados 55.578 casos e 1.050 óbitos. (RM /Angop)
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