O Conselho de Paz e Segurança (CPS) da União Africana (UA) reafirmou, na segunda-feira, em Adis Abeba, o princípio basilar da tolerância zero face ao fenómeno das mudanças inconstitucionais de Governo.
Neste contexto, o órgão decisório permanente da UA para a prevenção, gestão e resolução de conflitos em África, condenou de forma unânime e absoluta a tentativa de golpe de Estado ocorrida na madrugada de domingo,19, na República Democrática do Congo (RDC).
A informação consta de um comunicado de imprensa da Representação Permanente de Angola junto da União Africana a que a ANGOP teve acesso.
Durante a sua 1212ª sessão ordinária, dedicada às transições políticas no Mali, Burkina Faso, Guiné, Níger e Gabão, o CPS apelou para a libertação do antigo presidente nigerino, Mohamed Bazoum, e do ex-Chefe de Estado gabonês, Ali Bongo Odimba.
A reunião apelou também para uma cooperação e coordenação permanente entre o CPS e as Comunidades Económicas Regionais (CER) no acompanhamento das transições políticas, visando garantir a definição clara e transparente, assim como o cumprimento escrupuloso dos respectivos cronogramas por parte dos diferentes actores.
Presidiu ao encontro a Representante Permanente da República do Uganda junto da UA, embaixadora Rebecca Otengo Amuge, em substituição do representante permanente da República Unida da Tanzânia e presidente do CPS para o mês de Maio, embaixador Innocente Shiyo.
A sessão contou com a participação especial do presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), Embaixador Gilberto da Piedade Veríssimo, que apresentou um relatório sobre a transição política no Gabão.
Na reunião, em que pela Representação Permanente de Angola junto da União Africana esteve o ministro conselheiro Adriano Gonçalves Gomes dos Santos, os membros do CPS tomaram conhecimento de um informe da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) sobre a difícil situação vivida pelos países da região do Sahel, designadamente o Mali, o Burkina Faso e o Níger.
Os referidos países são alvo de acções de grupos terroristas e possuem ainda em comum o facto de cultivarem relações tensas com a CEDEAO, na sequência da sua retirada voluntária da organização regional. (RM-Angop)
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