Os restos mortais da jornalista reformada da Rádio Moçambique, Orlanda Mendes, foram cremados, hoje, na cidade de Maputo,
Na hora do adeus, Miguel de Brito, filho de Orlanda Mendes, disse, durante o velório, que teve lugar no Crematório Hindú, que a finada deixa ensinamentos de compromisso com o trabalho e amor à família.
Miguel disse que a mãe teve momentos marcantes na vida profissional. Um desses momentos foi a integração de Orlanda Mendes na equipa jornalística que conduziu a comunicação pública da transição do uso do Escudo para o Metical, no país.
“Outra coisa que ela gostava muito, tinha as suas vantagens, digamos, materiais, naquela altura importantes, mas pela possibilidade de aprender e conhecer o mundo, eram as viagens presidenciais, que as levaram a muitos cantos do mundo, que ela de outra maneira nunca teria conhecido e provavelmente aquela que nunca quis falar, foi aquela que ela nunca fez. Estava programada para fazer, naquela altura as malas iam para o aeroporto 24 horas de antecedência, para ficarem com a segurança da Presidência e às 17 horas da véspera da partida, ela e quase todos os jornalistas que iam naquela viagem foram informados, sem justificação, que já não iam e no dia seguinte, o Presidente Samora Machel morreu em Mbuzini. Esse acidente de destino permitiu-nos continuar com ela por mais 37 anos, de outra maneira provavelmente não teria acontecido”, disse.
E o Administrador de Produção da Rádio Moçambique disse que Orlanda Mendes foi uma profissional de qualidades ímpares, com um estilo radiofónico que projectou a imagem da RM.
Arão Cuambe, que apresentou o elogio fúnebre em nome da Rádio Moçambique, sublinhou que Orlanda Mendes era simples e zelosa na sua relação com a empresa.
A directora do Gabinete de Informação, Emília Moiane, disse que, com a morte da Orlanda Mendes, o país perde uma profissional de referência e qualidade no jornalismo radiofónico.
Orlanda Mendes perdeu a vida, no domingo passado, na cidade de Maputo, vítima de doença.
Ingressou nos quadros do Rádio Clube de Moçambique, em Novembro de 1974, como Redactora-noticiarista de Primeira classe e ocupou vários cargos com destaque para os de Directora de Informação de 1994 a 1995 e Directora do Centro de Formação de 1997 a 2000. (RM)
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