Dezasseis crianças morreram afogadas nos últimos dias num pântano perto de um campo de protecção civil no noroeste do Sudão do Sul, devido às fortes chuvas que provocaram inundações na zona, informaram hoje as autoridades sul-sudanesas.
Ochefe do Comité Supremo de Gestão de Acampamentos da região, Tong Dok, disse à agência EFE que as crianças se afogaram quando entraram na água do pântano, utilizada pelas famílias deslocadas para tomar banho e lavar a roupa, uma vez que o seu nível subiu consideravelmente nas últimas semanas devido às fortes chuvas.
O campo de protecção civil, situado na cidade de Bentiu, alberga cerca de 200.000 pessoas, entre as quais refugiados sudaneses que fugiram do seu país na sequência da guerra entre o exército e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (FAR), um conflito que transformou o Sudão no palco da pior crise mundial de deslocados.
De acordo com Dok, as crianças terão morrido afogadas porque a água se tornou mais profunda e elas "não sabem nadar", tendo a polícia enviado uma equipa para a zona para "vigiar e impedir que as crianças e os idosos se aproximem e nadem no pântano".
"O envio de uma força policial ajudará a evitar a perda de mais crianças pequenas que se esgueiram para o pântano para nadar sem que as suas famílias saibam. Queremos que esta tragédia acabe", afirmou.
O responsável recordou ainda que cerca de 40 pessoas se afogaram naquelas águas desde 2020.
Os activistas e especialistas ambientais do Sudão do Sul alertaram que as inundações vão afectar grande parte do país este ano devido aos efeitos das alterações climáticas, à falta de planos governamentais e ao excesso de abate de árvores na região. (RM-NM)
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