Passam hoje quarenta e dois anos após o ataque à Matola por um comando do regime minoritário da África do Sul, que através do sistema segregacionista do “Apartheid” oprimia o povo sul-africano.
Esta acção bárbara tinha como alvo principal os militantes do ANC, que se encontravam refugiados em Moçambique.
Relatos indicam que os mercenários boers, entraram disfarçados com uniforme das tropas governamentais e estavam pintados com tinta preta.
No ataque, vários cidadãos nacionais e estrangeiros perderam a vida, ao arrepio das normas mais elementares dos direitos humanos ao nível global.
Quarenta e dois anos depois desta acção macabra, testemunhas recordam a data com muita angústia à acção levada a cabo pelo regime do Apartheid.
Foi uma madrugada que nunca se apagará na memória dos residentes da Matola, sacudidos por estrondos de armas pesadas e de forma repentina, sofrendo o duro golpe de não poderem proteger os seus abrigados.
Em memória das vítimas do ataque de 30 de Janeiro de 1981, foi erguido um monumento num dos locais onde se registou o bombardeamento.
O director do monumento e Centro de Interpretação da Matola, Celestino Siane, explica que o locai é visitado maioritariamente por estudantes que pretendem compreender o sentido da história do Apartheid e as relações de solidariedade entre Moçambique e África do sul.
Disse que dentro do museu pode se encontrar informação sobre as casas atacadas pelos boers, onde viviam os membros do ANC, e estão representados os 17 mortos no ataque
As cerimónia alusivas a passagem dos 42 anos após o ataque da Matola pelas força sul-africanas do Apartheid estão marcadas para 14 de Fevereiro por ocasião da declaração do Dia de Amizade e Solidariedade entre os povos moçambicano e sul-africano. (RM)
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