O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) realçou "o profundo desequilíbrio na distribuição" de vacinas contra a covid-19, assinalando que os países africanos receberam apenas 2% do total das doses distribuídas a nível mundial.
"Para travar a pandemia, apoiar a recuperação económica e alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), precisamos de assegurar o acesso equitativo e universal às vacinas covid-19", sublinhou.
Para António Guterres, a pandemia expôs "desigualdades profundas" e colocou "em risco os ganhos de desenvolvimento conquistados com muito esforço" num continente que regista mais de 3,4 milhões de casos confirmados de covid-19 e mais de 125 mil mortes desde o início da pandemia.
"Também exacerbou factores de conflito e revelou a fragilidade da governação em muitos países, incluindo na prestação de serviços básicos como os cuidados de saúde, educação, electricidade, água e saneamento", disse.
O dia 25 de Maio marca a fundação da Organização de Unidade Africana (OUA), em 1963, e foi proclamado como o Dia de África.
Este ano, a data tem como lema as "Artes, a Cultura e o Património como Alavancas para Construir a África que Queremos".
"O rico e diversificado património cultural e natural da África é importante para o desenvolvimento sustentável, a redução da pobreza e a manutenção e construção da paz", disse Guterres.
Para o responsável máximo da ONU, este património "pode servir como uma base sólida para o progresso económico de forma inclusiva".
Em Maio de 1963, à medida que a luta pela independência do domínio colonial ganhava força, líderes de Estados africanos independentes e representantes de movimentos de libertação reuniram-se em Adis Abeba, na Etiópia, para formar uma frente unida na luta pela independência total do continente.
Da reunião saiu a carta que criaria a primeira instituição continental pós-independência de África, a Organização de Unidade Africana (OUA), antecessora da actual União Africana.
A OUA preconizava uma África unida, livre e responsável pelo seu próprio destino.
Em 2002, a OUA foi substituída pela União Africana, que reafirmou os objectivos de "uma África integrada, próspera e pacífica, impulsionada pelos seus cidadãos e representando uma força dinâmica na cena mundial". (RM /NMinuto)
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