Dirigentes de partidos politicos sul-africanos com opiniões divergentes em torno do primeiro orçamento do Governo de Unidade Nacional, esta quarta-feira apresentado, na sede do parlamento, na cidade do Cabo.
Em resumo, o ministro sul-africano das Finanças, Enoch Gondogwana, disse que o PIB do país deve crescer um virgula um por cento, este ano, abaixo da estimativa de um ponto três por cento.
Godongwana apontou que o alcance de um crescimento mais inclusivo passapo por manter a estabilidade macroeconômica; implementar reformas estruturais; apoiar infraestruturas que aumentem o crescimento e fortalecer a capacidade do Estado.
No entanto, alertou que o crescimento esperado está ameaçado por questões globais como as tensões geopolíticas, o conflito crescente no Oriente Médio es as guerras no Sudao e na Ucrania.
Godongwana enfatizou que, a médio prazo, estes riscos, vão afectar mercados emergentes, como o sul-africano.
Por outro lado alerou para o aumento galopante da dívida pública, que deverá atingir os seis trilhões de rands, equivalentes a 75 por cento do PIB, em 2025/2026, apontando a redução do déficit orçamental como saída para lidar com o problema.
Na reação dos políticos sul-africanos, o líder do Partido dos Combatentes da Liberdade Economica, disse que se trata de um orçamento neoliberal e que prioriza os estilos de crescimento econômico do apartheid.
Malema criticou o orçamento por não incluir um plano claro sobre a redução do desemprego, um dos maiores problemas que afecta a África do Sul.
O Umkhoto Wesizwe de Jacob Zuma disse que o orçamento apresentado esta quarta-feira continua a negligenciar os assuntos internos e a política de imigração, o que na sua optica vai alimentar tensões sociais.
Já a Aliança Democratica, que integra o Governo de Unidade Nacional, considerou que o orçamento é um bom precursor para o plano de desenvolvimento de médio prazo que será divulgado em janeiro.
O DA afirma que o Ministro das Finanças fez um correcto diagnostico sobre a situação econômica da África do Sul e acrescenta que os passos anunciados prenunciam um crescimento econômico e criação de postos de emprego para os sul-africanos.( RM Johannesburg)
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