Duas pessoas, entre as quais um militar, morreram esta quarta-feira num ataque suicida perpetrado por fundamentalistas islâmicos do Al-Shabaab no centro da Somália, anunciou fonte militar.
"Um homem-bomba embateu com a sua viatura armadilhada contra um posto militar na base de Jalaqsi", na região de Hiraan, cerca de 370 quilómetros a norte da capital, Mogadíscio, disse o capitão Abdirahman Osobow, citado pela agência France-Presse.
"Duas pessoas morreram na explosão, que foi enorme, incluindo um soldado", continuou Osobow, apontando a autoria do ataque ao Al-Shabab, movimento ligado à Al-Qaeda e que combate o Governo somali há 15 anos.
O ataque "poderia ter causado mais danos, mas as forças de segurança conseguiram pará-lo antes de atingir o alvo principal", acrescentou.
O Governo somali anunciou em 03 de Outubro a morte de um dos líderes mais importantes do Al-Shabab, cuja captura tinha sido avaliada em 3 milhões de dólares, durante um ataque aéreo no sul da Somália.
Abdullahi Yare, um dos co-fundadores do movimento extremista islâmico, foi morto por um ataque de 'drone' (aparelho aéreo não-tripulado) em 01 de Outubro, lançado pelo Exército somali e seus "parceiros de segurança internacionais" perto da cidade costeira de Haramka.
No início de Setembro, pelo menos 19 civis foram mortos no centro do país por homens do Al-Shabab e duas semanas antes, este movimento havia atacado o hotel Hayat em Mogadíscio, matando pelo menos 21 pessoas e ferindo 117 durante um ataque que durou cerca de 30 horas.
O Al-Shabab foi expulso das principais cidades deste país do Corno de África, incluindo Mogadíscio, em 2011, mas continua estabelecido em grandes áreas rurais, tendo, nos últimos meses, intensificado os ataques.
Desde a sua eleição em 15 de Maio, o Presidente Hassan Sheikh Mohamoud enfrentou o ressurgimento da actividade do Al-Shabab, que prometeu erradicar através de uma "guerra total".
Em Maio, o Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, restabeleceu a presença militar norte-americana na Somália para combater o Al-Shabab, aprovando um pedido nesse sentido do Pentágono que considerou o sistema de rotação decidido pelo seu antecessor Donald Trump, no final do seu mandato, como muito arriscado e ineficaz. (RM /NMinuto)
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