O Egipto mantém "contactos urgentes" com Israel e com o grupo islamita Hamas, em coordenação com o Qatar, para restabelecer a trégua humanitária que terminou hoje em Gaza, disseram à agência EFE fontes de segurança egípcias.
"Egipto tem mantido contactos urgentes com as partes, israelita e palestiniana, imediatamente depois de terem recomeçado os ataques israelitas e da violação da trégua", disseram as fontes que pediram anonimato.
Os contactos foram intensificados "durante a noite, para prolongar a trégua por pelo menos mais dois dias com as mesmas condições para a troca de prisioneiros entre ambas as partes e a entrada de ajuda humanitária e combustível na Faixa de Gaza", explicaram.
"O Egipto coordenou-se com o Qatar de forma urgente e imediata após o reinício dos ataques israelitas", disseram as fontes à EFE, destacando que estes contactos envolvem "todas as partes interessadas na implementação, monitorização e mediação da trégua, lideradas pelos Estados Unidos".
Posição semelhante foi expressa pelo Qatar, cujo primeiro-ministro, Mohamed bin Abdelrahman, afirmou que Doha "juntamente com os seus parceiros de mediação está empenhado em continuar os esforços para que a calma regresse".
O Ministério da Saúde do Hamas anunciou que hoje 178 pessoas morreram e 589 ficaram feridas em ataques israelitas que recomeçaram após uma trégua de uma semana no conflito na Faixa de Gaza.
Em 07 de Outubro, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque que fez mais de 1.200 mortos, na maioria civis, 5.000 feridos e cerca de 240 reféns.
Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que começou por cortes ao abastecimento de comida, água, energia eléctrica e combustível na Faixa de Gaza e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre.
A guerra entre Israel e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 15.000 mortos, na maioria civis, e mais de 33.000 feridos, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais, e 1,7 milhões de deslocados, segundo a ONU, mergulhando aquele enclave palestiniano pobre numa grave crise humanitária.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, 248 palestinianos foram mortos desde 07 de Outubro pelas forças israelitas ou em ataques perpetrados por colonos. (RM-NM)
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