Esforços para resgatar cerca de 150 pessoas numa mina ilegal na província sul-africana de Mpumalanga

Estão em curso esforços para resgatar cerca de 150 pessoas presas numa mina ilegal, na densa plantação de Sábie, na província sul-africana de Mpumalanga.

Enquanto as atenções estavam centradas em Stilfontein, na província de North West, mais um caso de mineração ilegal é despoletado a partir da cidade florestal de Sábie, situada nas margens do rio com o mesmo nome, em Mpumalanga, uma província que faz fronteira com Moçambique.

A actividade de mineração não autorizada foi detectada há dias, quando numa confrontação com a polícia foram mortos três mineiros ilegais, enquanto um membro da corporação ficou ferido.

Logo a seguir, a polícia bloqueou as rotas de reabastecimento de alimentos o que forçou a que cinco zimbabweanos e um batsutho, saíssem  da mina.

Estes foram detidos pela polícia e denunciaram a existência de três cadáveres, entretanto retirados ao longo do dia de ontem.

Na última terça-feira foram iniciadas operações de resgate das cerca de 150 pessoas ainda com vida. Trata-se de mineiros ilegais de Moçambique, África do Sul, Zimbabwe e Lesotho.

Até ao principio da noite de ontem, quando foram suspensas as operações, tinham sido resgatados oito mineiros ilegais, através de cordas suportadas por roldanas. O trabalho vai ser retomado esta manhã.

Em Stilfontein, na província de North West, com o apoio de voluntários da comunidade, foram retirados, no total, sete corpos sem vida, em avançado estado de decomposição.

A fase que se segue é de salvamento dos mineiros ilegais que se encontram gravemente doentes, segundo relatos que constam de manuscritos enviados do interior da mina.

Em simultâneo, continua o envio de alimentos, solicitados por mineiros ilegais ainda no subsolo.

Os especialistas em resgate, indicados pelo governo, ainda não começaram a operar, sabendo-se que vão usar uma gaiola especial para a retirada de maior numero de pessoas presas na mina.

Em Stilfontein já foram detidos mais de mil e duzentos mineiros ilegais, sendo que cerca de 900 são moçambicanos. (RM Johannesburg)