O chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Etiópia disse hoje que o país está "em guerra" com a região separatista de Tigray, no norte, contra a qual o governo federal lançou uma operação militar na quarta-feira.
"O nosso país entrou numa guerra que não previu. Esta guerra é vergonhosa e sem sentido", disse o general Berhanu Jula, numa conferência de imprensa em Adis Abeba.
"Estamos a trabalhar para que a guerra não chegue ao centro do país" e se mantenha confinada à região de Tigray, acrescentou.
O parlamento da Etiópia aprovou hoje o estado de emergência declarado pelo governo federal na região de Tigray.
O estado de emergência confere ao Governo "todos os poderes necessários para proteger a paz e a soberania do país e para manter a segurança pública, a lei e a ordem", permitindo-lhe suspender certos "direitos políticos e democráticos", de acordo com a Constituição.
O primeiro-ministro, Abiy Ahmed, declarou, na quarta-feira, o estado de emergência durante seis meses em Tigray, pouco depois de ter anunciado o lançamento de operações militares contra as autoridades da região, que acusou de atacarem bases militares etíopes no local.
Abiy Ahmed, vencedor do Prémio Nobel da Paz em 2019, está a tentar restabelecer a autoridade do governo federal na região de Tigray, liderada pela Frente de Libertação do Povo Tigray (FLPT).
Na quarta-feira à noite, Abiy anunciou na televisão nacional que as operações militares iriam continuar em Tigray "nos próximos dias", assegurando que iria revelar os detalhes quando estivessem concluídas. (RM /NMinuto)
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