O governo dos Estados Unidos descartou, esta terça-feira, classificar a Rússia como um país "patrocinador do terrorismo", pela invasão lançada na Ucrânia, defendendo que teria "consequências indesejadas" quer para os ucranianos, quer para o resto do mundo
Não é a forma mais eficaz, ou a maneira mais contundente de responsabilizar a Rússia pelas suas acções", destacou a porta-voz da presidência norte-americana (Casa Branca), Karine Jean-Pierre, em declarações aos jornalistas.
A reacção surgiu horas depois do Presidente norte-americano, Joe Biden, ter recusado publicamente acrescentar Moscovo à 'lista negra' do Departamento de Estado.
Para Karine Jean-Pierre, considerar a Rússia um "patrocinador do terrorismo" poderia afetar "seriamente" a distribuição de ajuda em território ucraniano, ou o acordo entre Kiev e Moscovo para permitir a exportação de cereais.
Por sua vez, a presidência russa (Kremlin) celebrou através do principal porta-voz, Dimitri Peskov, a cautela por parte da Casa Branca, considerando que o mero debate sobre esta questão já é "monstruoso" por si só.
"É bom que o Presidente [dos Estados Unidos] responda assim", realçou Peskov em declarações à televisão estatal, citadas pela agência de notícias russa TASS.
Actualmente, o governo dos EUA considera Cuba, Coreia do Norte, Irão e Síria como países que "não cooperam totalmente" com os norte-americanos na luta contra o terrorismo.. (RM /NMinuto)
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