O tribunal constitucional da África do Sul condenou hoje o ex presidente Jacob Zuma a 15 meses de prisão, por desrespeito a justica.
Desde a criação, em 2018, da comissão encarregada de investigar a corrupção generalizada, durante os seus nove anos no poder, Jacob Zuma, implicado por cerca de 40 testemunhos, multiplicou manobras para evitar ter de se explicar, acumulando recursos ou afirmando o seu direito ao silêncio.
Jacob Zuma recusou-se, várias vezes, a testemunhar perante a comissão que investiga a grande corrupção na África do Sul, apesar de ter sido notificado para o efeito.
Apenas uma vez Jacob Zuma esteve na comissão de inquérito, tendo ababdonado a sala sem autorização.
Algumas semanas mais tarde, num pedido bastante invulgar, a magistratura da África do Sul pediu ao antigo presidente para determinar por si próprio "a punição apropriada", antes da audiência de terça-feira.
Jacob Zuma, 79 anos, só testemunhou uma vez perante a comissão anticorrupção, em julho de 2019. Bateu rapidamente com a porta, ofendendo-se ao ser tratado como "um acusado".
Envolvido em escândalos, tinha sido forçado a demitir-se em 2018. Foi substituído pelo atual Presidente, Cyril Ramaphosa, que fez da luta contra a corrupção um cavalo de batalha, mas foi ele próprio chamado a testemunhar perante a comissão. (RM)
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