O ex-presidente sul-africano, Jacob Zuma, apresentou-se ontem a noite á polícia, para cumprir a sentença de quinze meses de prisão.
O Ministro da polícia, Bheke Cele, confirmou que o antigo presidente sul-africano está sob custódia.
Segundo ocorrespondente da Rádio Moçambique na África do Sul, esta manhã Jacob Zuma vai ser submetido ao protocolo dos serviços correccionais, que já avançaram que todos os detidos gozam dos mesmos direitos e deveres.
Ontem, Zuma passou a noite no Estcourt prision, em Kwazulu Natal, um estabelecimento prisional, composto por duas unidades, com capacidade para acomodar quinhentos e doze reclusos.
Este estabelecimento prisional possui ainda uma secção hospitalar, centro de formação, oficina de manutenção física e outras estruturas de apoio.
Não se sabe se será aqui onde Zuma vai cumprir toda a pena, pois certa imprensa avança que poderá ser no estabelecimento prisional de Westiville, também na província de Kwazulu Natal.
Esta é a primeira vez, na história democrática da África do Sul, que um ex-presidente é detido por desobedecer a justiça.
Perto da meia-noite, a fundação que leva o nome do ex-presidente emitiu um breve comunicado no qual confirma que Zuma decidiu cumprir com a ordem de prisão, prometendo, a fundação, detalhes para mais tarde.
A rendição de Zuma foi tomada depois de fracassarem todos os meios usados pelos seus advogados, que tentaram atrasar a execução do mandado de prisão, emitido pelo tribunal constitucional.
Argumentavam que há dois pedidos em marcha, um a ser dirimido amanhã pelo Supremo Tribunal de Pietermaritzburg e outro a ser debatido, próxima segunda-feira, no Tribunal Constitucional.
Certamente que para estas duas audições, sobretudo a da segunda-feira, a defesa vai se apegar na suposta ausência de julgamento, na idade e na condição de saúde de Jacob Zuma.
Seja quais forem os desfechos destes dois pedidos, há a convicçao de que Jacob Zuma acaba sendo vítima de si próprio, por durante longos anos ter desafiado a justiça sul-africana, a vários niveis.
Aliás já a setença histórica do passado dia 29 de Junho é descrita como sendo o sinal claro de que nenhum sul-africano esta acima da lei.
Hoje certamente que vamos acompanhar as mais variadas reacções, sendo as mais aguardadas daqueles que até ofereciam suas próprias vidas para impedir a prisão de Jacob Zuma.
A família, atraves do filho Edward Zuma, disse respeitar a decisão do pai de cumprir com a ordem de prisão, mas promete lutar por aquilo que designa de injustiça.
Para já hoje é o primeiro dia de Zuma atrás das grades. (RM)
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