A polícia nigeriana libertou, na passada terça-feira, 10 pessoas, incluindo quatro recém-nascidos, de uma maternidade ilegal, mais conhecida como uma "fábrica de bebés", no estado de Ogun, sudoeste da Nigéria, disse na quarta-feira um porta-voz da polícia.
"Na sequência de informações recolhidas, os nossos homens intervieram nessa maternidade ilegal e salvaram 10 pessoas, quatro crianças e seis mulheres. Entre elas, quatro estavam grávidas", revelou o porta-voz da polícia estadual, Abimbola Oyeyemi, em declarações à AFP.
As mulheres acusaram a proprietária da maternidade de pagar a homens para as engravidar, com a intenção de vender depois os recém-nascidos.
A prática criminosa em causa é bastante comum naquele país com 200 milhões de habitantes. Jovens raparigas são aliciadas com promessas de emprego, acabando presas e grávidas, e obrigadas a dar à luz crianças, que, na maioria dos casos, são vendidas a casais em busca da adopção de crianças.
A proprietária da maternidade, que tinha sido já detida no início do ano, encontra-se em fuga. "Estamos a intensificar os nossos esforços para a prender e levá-la à justiça", explicou o porta-voz. "Ela tinha sido julgada por tráfico de seres humanos, mas foi libertada sob caução e retomou as suas actividades", acrescentou.
Dois outros suspeitos, incluindo a filha da proprietária da maternidade ilegal, foram detidos. (RM-NM)
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