Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que o Malawi não pode assumir mais dívidas externas, por ter atingido níveis de sobreendividamento insustentáveis.
O país, tem uma dívida pública de 6,38 triliões de kwachas, mais que o dobro do orçamento deste ano, o que limitou o espaço fiscal.
Assim sendo, as autoridades fiscais do país, foram alertadas a serem mais prudentes, pois a dívida pública do Malawi tornou-se perigosa para o ambiente macroeconómico do país.
A directora-gerente do Fundo Monetário Internacional, Christalina Georgevia, explicou que para o Malawi, resta apenas receber doações do Banco Mundial e doadores bilaterais, pois o país está numa situação crítica, não pode assumir mais dívidas.
Entretanto, Malawi e uma missão do FMI voltaram à mesa de negociações para uma possibilidade de ter um programa de Facilidade de Crédito Rápido, para evitar o colapso da economia do país.
Uma das exigências do FMI é a necessidade de Malawi apresentar um plano de gestão da sua dívida.
O Banco Mundial, na sua publicação semestral que analisa questões que moldam o futuro económico da África, refere que a crescente dívida pública do Malawi, vai permanecer alta em cerca de 58,6% do Produto Interno Bruto.
O Banco Mundial observa ainda que, embora a maioria dos países com menos recursos como o Malawi, tenha recuperado da crise de 2020, o agravamento da dívida tem igualmente a uma forte contribuição dos credores privados, visto que o Malawi, deixou de depender dos parceiros multilaterais para o acesso aos mercados financeiros internacionais para financiamento da dívida.
Um dos factores que leva o governo do Malawi ao sobreendividamento é o programa de insumos acessíveis, em que o executivo adquire fertilizantes a altos custos e revende aos produtores a preços bonificados.
O presidente Lazarus Chakwera pediu aos malawianos para que não percam a esperança, por um futuro melhor. ( RM Blantyre)
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