Três ponto oito milhões de pessoas poderão enfrentar fome no Malawi, a partir de Outubro deste ano.
A situação poderá estender-se até Março de 2023, abrangendo 21 distritos, com maior destaque para a região sul do país.
O número de pessoas a ser atingido pela fome, é tido como o maior dos últimos cinco anos.
São dados divulgado,s esta terça-feira, pela análise da Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar, realizada sob o patrocínio do Comité de Avaliação de Vulnerabilidade do Malawi.
A maioria do universo de 3,2 milhões de pessoas, vive em áreas rurais e 623.000 estão localizadas na zona urbana.
As projecções oficiais da presente safra mostram uma produção de alimentos ligeiramente acima da média, mas o problema prende-se com os preços de milho que se mantém altos, devido aos custos de insumos e às tendências globais.
No geral, espera-se que a situação da segurança alimentar se deteriore cada vez mais, devido a alta de preços, exacerbados pela inflação e pelo impacto da guerra Rússia-Ucrânia.
O relatório observa que os principais factores da anunciada crise alimentar, são os choques climáticos experimentados em todo o país. A seca, ciclones e inundações, concorreram para uma produção agrícola abaixo da média.
O documento aponta igualmente a desvalorização do kwacha, moeda local, em 25 por cento, os altos preços de insumos, o contínuo aumento da inflação de alimentos, como alguns dos factores que têm empurrado milhões de pessoas para a fome.
O porta-voz do Departamento de Assuntos de Gestão de Desastres, Chipiliro Khamula, disse que sob o Plano de Resposta a Emergências da Tempestade Tropical Ana e como parte das intervenções de recuperação, está planeada a distribuição de insumos agrícolas para famílias, cujas culturas foram destruídas após os efeitos devastadores da tempestade tropical Ana.
O porta-voz do Ministério da Agricultura, Gracian Lungu, minimizou o problema, afirmando que o país tem milho em quantidade suficiente.
Segundo Lungu, o governo já mobilizou 12 biliões de kwachas para a compra de 50.000 toneladas métricas de milho, que será distribuído gratuitamente às pessoas afectadas quando a crise atingir o pico. ( RM Blantyre)
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